OPERAÇÃO

Grupo é preso acusado de fraudes em empréstimos consignados em Alagoas

Ações ocorreram nos bairros Cidade Universitária, Santa Lúcia, São Jorge, Jacintinho e Feitosa
Por Redação 19/08/2025 - 08:18
A- A+
Polícia Civil
Grupo falsificava documentos de beneficiários do INSS
Grupo falsificava documentos de beneficiários do INSS

Um grupo foi preso durante a operação “Falso Consignado”, deflagrada pela Polícia Civil para desarticular uma organização criminosa acusada de fraudar empréstimos consignados em nome de idosos. Foram cumpridos 15 mandados de busca e um de prisão preventiva contra o líder, já detido por homicídio qualificado.

As ações ocorreram nos bairros Cidade Universitária, Santa Lúcia, São Jorge, Jacintinho e Feitosa, em Maceió. As investigações foram conduzidas pela Divisão Especial de Combate à Corrupção, sob coordenação dos delegados José Carlos André dos Santos e Maria Eduarda de Carvalho Barro.

Segundo a apuração, o grupo falsificava documentos de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e abria contas no sistema Gov.br em nome das vítimas. Com isso, contratava empréstimos em bancos digitais, transferindo os valores para contas de intermediários até chegar ao líder. 

As reclamações surgiam após o período de carência dos contratos. Em apenas uma instituição, o prejuízo chegou a meio milhão de reais. O total já identificado ultrapassa um milhão de reais, mas a polícia estima montante maior, pois cinco investigados movimentaram oito milhões em menos de dois anos.

A organização era estruturada em núcleos com funções distintas, como falsificação de documentos, recrutamento de laranjas e criação de empresas fictícias. O líder, de 56 anos, se apresentava como construtor, mas era apontado como responsável pelas fraudes.

Cinco dos 12 investigados já possuíam histórico de golpes contra idosos ou contra o INSS. O chefe do grupo chegou a ser preso pela Polícia Federal por fraudes previdenciárias, mas reorganizou a rede criminosa mesmo após a prisão.

O inquérito também apontou que o grupo mantinha um braço violento. Há indícios de que uma mulher foi morta em Marechal Deodoro, em maio de 2024, após desentendimento com o líder. A Polícia Civil apura ainda se ele planejava a morte da ex-esposa.


Encontrou algum erro? Entre em contato