As especulações sobre uma possível reaproximação entre as famílias Caldas e Calheiros — dois dos clãs políticos mais influentes de Alagoas — seguem movimentando os bastidores da política local. Nomes como o do senador Fernando Farias (MDB) surgem com frequência na “bolsa de apostas” como possíveis articuladores do diálogo, mas, ao que tudo indica, o contato entre os grupos tem ocorrido de forma direta, sem necessidade de intermediários.

Fernando Farias, que goza da confiança de Renan Calheiros, Renan Filho, João Henrique Caldas (JHC) e João Caldas, é próximo de ambos os lados e torce por um entendimento. Ainda assim, aliados garantem: ele não é fiador de qualquer eventual aliança.

Tanto os Caldas quanto os Calheiros têm demonstrado sinais de abertura para o diálogo, ainda que não necessariamente para uma aliança formal. As conversas entre JHC, Renan Filho, JC e Renan Calheiros ocorrem diretamente, geralmente em Brasília e longe dos holofotes.

O cenário mais provável, segundo observadores, é que os dois grupos caminhem separadamente em 2026, mas com a possibilidade de firmar uma espécie de pacto de não agressão — evitando o confronto direto nas urnas.

JHC, que mantém altos índices de popularidade em Maceió, é cotado para deixar a prefeitura e disputar um novo mandato em 2026. Se concorrer ao Senado, com duas vagas em jogo, poderá evitar um embate direto com Renan Filho, favorito do grupo de Paulo Dantas para o governo estadual.

Enquanto isso, JHC também se movimenta em nível nacional: busca uma reaproximação com o presidente Lula e articula a nomeação de sua tia, Marluce Caldas, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para isso, não está descartada uma eventual saída do PL e entrada em uma sigla mais alinhada ao governo federal, como o PSB — o que pode redesenhar, mais uma vez, o tabuleiro político de 2026. (Com blog do jornalista Edivaldo Júnior)