sem anistia
Isnaldo Bulhões rejeita anistia e critica influência de Malafaia na Câmara
Líder do MDB diz que 8 de janeiro foi tentativa de golpe e defende aliança com o PT
O deputado federal Isnaldo Bulhões (MDB-AL), líder do partido na Câmara e relator do Orçamento de 2026, se posicionou contra a proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Em entrevista ao jornal O Globo, Isnaldo afirmou que, mesmo com características desorganizadas, a ação teve natureza golpista e não deve ser perdoada. “Mesmo que tenha sido atabalhoada, foi uma tentativa de golpe. Então, do ponto de vista jurídico, não há o que anistiar”, declarou.
O parlamentar também criticou o que chamou de “pressão exagerada” sobre a Câmara dos Deputados em relação ao tema, cobrando maior protagonismo do Senado. “Todo mundo está esquecendo do Senado. Cadê o Flávio Bolsonaro, Rogério Marinho, Carlos Portinho? É só aqui?”, questionou.
Isnaldo dirigiu críticas ao pastor Silas Malafaia, apontando sua influência política como indevida. “É o Silas Malafaia representado aqui na Câmara, com a sua arrogância, querendo ditar regras para todo brasileiro, expressando seus sentimentos pessoais, sem ter a legitimidade do mandato? Não acho isso justo nem razoável”, afirmou.
Sobre o cenário eleitoral de 2026, o líder emedebista defendeu uma aliança entre MDB e PT já no primeiro turno. Segundo ele, a definição do partido deve ser feita em convenção, onde a ala favorável ao presidente Lula é hoje majoritária. “A Simone Tebet foi muito importante nisso, por ter apoiado o Lula no segundo turno de 2022 e entrado no governo”, ressaltou.