MPE rejeita absolvição

Julgamento de recurso contra Mirella Granconato é adiado

Por Redação 02/05/2018 - 10:58

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Foto: Divulgação
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O desembargador José Carlos Malta Marques pediu vista nesta quarta-feira, 2, na sessão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-AL), do recurso do Ministério Público Estadual (MPE-AL) contra a sentença do júri da ré Mirella Granconato, acusada de mandar matar a estudante Giovanna Tenório.

O juiz convocado Maurílio Ferraz, relator, votou para dar provimento à apelação, de forma a anular absolvição pelo crime de homicídio e manter a condenação pela ocultação de cadáver. O desembargador Sebastião Costa Filho adiantou o voto, acompanhando o relator.

Malta Marques prometeu levar de volta o julgamento já na sessão da próxima semana, na quarta-feira, 9.

O promotor de Justiça Antônio Villas Boas, que representou o MPE no Tribunal do Júri, em outubro do ano passado, explicou que, apesar de não aceitar a tese da defesa, que era de negativa de autoria, o Conselho de Sentença absolveu a acusada da acusação de ser autora intelectual do crime. Para ele, o resultado do júri foi de encontro às provas dos autos. 

"Condenaram-na apenas pelo crime de ocultação de cadáver, denotando assim uma total incoerência, um descompasso ou inconciliação entre a verdade real, decorrente das provas produzidas em Juízo, e a convicção dos jurados, que não podem julgar movidos por piedade, indulgência ou clemência absolvendo o réu, mormente quando contraria a própria tese defensiva, pois tal decisão estaria se sobrepondo ao bem maior, protegido pela garantia constitucional, que é a vida", considerou.

O caso

A estudante Giovanna Tenório foi sequestrada, em junho de 2011, após sair de uma faculdade particular,  onde cursava fisioterapia. Seu corpo foi encontrado dias depois em um canavial na cidade de Rio Largo.

O MPE sustentou a tese de que Mirella mandou matar Giovanna por ciúmes, pelo fato de a vítima possivelmente ter mantido um relacionamento com o ex-marido da acusada, Antônio de Pádua Bandeira.

O caminhoneiro Luiz Alberto da Silva foi condenado como autor material do homicídio.


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