Brasília

Rodrigo Cunha: 'Desunião dos senadores prejudica Alagoas'

Segundo tucano, companheiros de bancada fazem a política do 'cada um por si'
Por José Fernando Martins 31/07/2019 - 12:15
Atualização: 31/07/2019 - 13:00

ACESSIBILIDADE

Foto: Senado Federal
Foto: Senado Federal

Cada um por si. É como os senadores de Alagoas se tratam no Congresso Nacional. A declaração é de Rodrigo Cunha (PSDB), que divide a bancada alagoana com Renan Calheiros (MDB) e Renilde Bulhões (Pros), que está no lugar do licenciado Fernando Collor, também do Pros.

"Não tive a honra e nem a desonra de me sentar perto de nenhum deles", declarou Cunha, em encontro com a imprensa na manhã desta quarta-feira, 31. 

Com a desunião, o senador diz que cada um tenta trazer recursos e trabalhar por Alagoas individualmente. Calheiros e Cunha mantêm relação complicada, uma vez que são de partidos rivais no estado. 

No caso de Collor, o dissabor vem da última eleição. Apesar de fazerem parte da mesma chapa, Cunha evitou vincular sua imagem com a do ex-presidente do Brasil, que responde a processos por improbidade. 

 Sobre a relação complicada entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e os governadores do Nordeste, o senador revelou que pode haver, sim, uma retaliação por parte do governo federal ao governador Renan Filho (MBD).

Tal antipatia - já que o senador Renan Calheiros faz questão de criticar Bolsonaro nas redes sociais - pode prejudicar o envio de repasses e investimentos em terras alagoanas. 

Segundo Cunha, a alternativa para Alagoas conseguir dinheiro federal vem da bancada alagoana na Câmara Federal, que é liderada pelo deputado Marx Beltrão (PSD). 

O senador tucano informou ainda que reuniões vêm sendo realizadas para sintonizar Senado e Câmara em prol da população alagoana, embora nem todos parlamentares façam questão de garantir presença.

Quanto às próximas eleições municipais, Cunha destacou que irá participar apenas fornecendo apoio partidário descartando a hipótese de ter seu nome nas urnas eletrônicas. 

Já sobre a disputa para governo do estado, o senador se diz incapaz de pensar em tamanho longo prazo. "O meu foco, mesmo, é agora nos próximos seis meses no Senado", finalizou. 

 

  

 


Encontrou algum erro? Entre em contato