LAGINHA

Massa Falida tem quarto administrador judicial em um ano

Novo convocado por juízes atua em processo da prestação de contas de ex-administrador
Por José Fernando Martins 25/09/2021 - 07:59
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Sofia Sepreny
Usina Laginha
Usina Laginha

No período de um ano, a Massa Falida da Laginha vai ter passado pelas mãos de pelo menos quatro administradores judiciais. Na quarta-feira, 22, os juízes Diogo de Mendonça Furtado, Emanuela Bianca de Oliveira Porangaba e Luciano Andrade De Souza, da Vara de Coruripe, decidiram pela destituição da Administradora Laspro Consultores, representada por Orestes Nestor de Souza Lastro, dando lugar a Telino e Barros Advogados Associados, sob direção do sócio-administrador Igor da Rocha Telino de Lacerda. 

Para rememorar, em setembro do ano passado, foi a vez da Lindoso e Araújo Consultoria Empresarial Ltda deixar o cargo, isso após a Justiça alagoana acatar agravo de instrumento interposto pela filha do ex-usineiro falecido João Lyra, Lourdinha Lyra.

Com a saída de Lindoso entrou Julius César Lopes de Vasconcelos Santos, que mal aqueceu a cadeira como administrador judicial e foi trocado pela Laspro, a cortada da vez. A novela da Laginha chegou a ser destaque nacional, além do montante da dívida bilionária, por outra peculiaridade.

O processo teria tantas páginas (cerca de 103.500 folhas) e arquivos que é necessário ter um servidor próprio (nuvem) de hospedagem para não congestionar o sistema da Justiça estadual. Só em termos de comparação, segundo site do Supremo Tribunal Federal, a Ação Penal 470, o Mensalão, teve 315 volumes, 72.234 páginas e 501 apensos, que, somados, se aproximam das 100 mil páginas da Massa Falida da Laginha.

A troca deve fazer com que os pagamentos dos credores engatinhem ainda mais, já que o novo administrador precisará de tempo para analisar pelo menos parte do processo. Se os credores comemoraram há duas semanas a decisão do Judiciário de manter a venda dos leilões das duas usinas de Minas Gerais, agora vão ter que torcer o Tribunal de Justiça de Alagoas receber logo o pagamento do precatório de quase R$ 700 milhões por parte da Justiça Federal e pela celeridade na destreza dos trabalhos da nova administração.

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