ACUSADO DE ESTELIONATO
Justiça diz que prisão de idoso que morreu após deixar presídio era legal
Cícero Maurício da Silva foi preso em 23 de agosto quando tentava tirar um novo documento de identidade
O Tribunal de Justiça de Alagoas divulgou uma nota nesta segunda-feira, 27, afirmando que a prisão de Cícero Maurício da Silva, idoso que morreu na última sexta após passar 32 dias preso e sem contato com qualquer pessoa próxima era legal, ao contrário do que afirma a defesa.
De acordo com a nota enviada à imprensa assinada pelo juiz Thiago Augusto Lopes de Morais, da 1ª Vara Cível e Criminal de Marechal Deodoro, a prisão do idoso era legal pois o prazo para a execução da ordem ainda estava em vigor.relacionadas_esquerda
Segundo a Justiça, a denúncia contra Cicero Maurício aconteceu em 2012 e o tempo para o crime de estelionato prescrever é de 12 anos. A prisão preventiva de Cícero Maurício foi determinada em 2014, após indícios de que ele teria tentado ocultar informações para as autoridades, como o fornecimento de endereço falso.
Segundo informações do jornal O Globo, ele havia passado 32 dias detido e acabara de ser liberado da penitenciária após a Justiça de Alagoas ter reconhecido que sua detenção supostamente era indevida.
Silva teve um ataque cardíaco quando iria entrar em um Uber. O motorista contou que o idoso morreu antes de entrar no veículo. Durante o período preso, Silva não teve contato com a família ou advogados por conta da greve dos policiais penais de Alagoas.
Silva foi preso em 23 de agosto quando tentava tirar um novo documento de identidade. Na ocasião, a polícia anunciou a existência de uma ordem de prisão referente a um processo por estelionato que começou a tramitar em 2010. De acordo com o mandado, Silva havia vendido um mesmo terreno para mais de uma pessoa.
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