POLÊMICA
Precarização no trabalho revolta vigilantes alagoanos
Adoção de serviço intermitente tem levado profissionais a receberem menos de R$ 100 por mês
Desde a entrada em vigor da nova lei trabalhista, em novembro de 2017, a polêmica existe e parece que não há tempo de validade. Quando se trata da modalidade intermitente, complica ainda mais. O que dizer de um trabalhador que sai de casa, leva horas dentro de um ônibus para chegar ao trabalho para uma jornada de apenas duas horas e no final do expediente receber R$ 10,00. A categoria de vigilância é uma das mais prejudicadas a ponto de no final do mês o trabalhador receber R$ 214, 00 ou menos.
Apesar de ter contrato com carteira assinada, no serviço intermitente é legal o trabalhador receber menos que o salário mínimo, já que é remunerado por horas trabalhadas. Em média, Alagoas possui cinco mil vigilantes regularizados. Em um vídeo de julho deste ano, publicado em sua rede social, o presidente do sindicato dos vigilantes de Alagoas, Cícero Ferreira, expõe a insatisfação de alguns associados sobre o trabalho intermitente realizado pela empresa Prosegur.
Indignado com a situação, o sindicalista tranquilizou a categoria informando que tomaria as providências cabíveis, acionando o Ministério Público do Trabalho e o setor jurídico do Sindvigilantes/AL para analisar a situação. Segundo ele, a empresa se vale dessa modalidade para pagar R$ 5,00 de salário não chegando a R$ 500,00 por mês, não fornece o kit alimentação e outras formas de retirar o direito do trabalhador. “Vamos cobrar da Justiça que não permita que esta empresa contrate vigilantes intermitentes no Estado”, afirmou Ferreira.
Após três meses da publicação, o secretário de Finanças do sindicato, Cícero Sanfoneiro, esclarece que em audiência com o MPT, foi aconselhado que o sindicato entrasse com ação. O sindicato, por sua vez, encaminhou a situação para o setor jurídico para analisar se cabe ação. Já a empresa diminuiu a contratação nessa modalidade, pois, diz ele, antes demitia trabalhadores do quadro para fazer esse tipo de contratação. “O sindicato discorda desse horário intermitente. Os próprios vigilantes não têm interesse em contrato dessa forma”, disse o sindicalista
Leia na íntegra no EXTRA ALAGOAS nas bancas!
Publicidade Continua após a publicidade