MACEIÓ
Profissionais do Hospital Sanatório param atividades por falta de salários
Profissionais do Hospital Geral Sanatório, em Maceió, iniciam nesta manhã uma paralisação por tempo indeterminado em protesto contra a falta de pagamento salarial e benefícios. Desde o ano passado, sindicatos que representam os técnicos de enfermagem, radiologistas, nutricionistas, serviços-gerais e administrativos, entre outras categorias, tentam solucionar com a direção do hospital o problema que tem imposto grandes sacrifícios aos trabalhadores e suas famílias. Não há avanço nas negociações nem aceno com medidas para solucionar a crise.
A direção do hospital, segundo o presidente do Sateal, Mário Jorge, alega que a falta de pagamento dos salários é reflexo da falta de repasse de recursos pelos gestores da saúde no estado e município. O hospital Sanatório deve aos profissionais três folhas salariais (desde novembro), além de férias referentes aos últimos dois anos e benefícios. A folha salarial é de cerca de R$ 800 mil e. Os trabalhadores estão mobilizados em frente à unidade de saúde e vão realizar um ato público interditando a rua. Em seguida, segundo Mário Jorge, a greve estará deflagrada, preservando o percentual de 30% de profissionais em atividade, como determina a legislação.
Agora pela manhã, a categoria e o Sateal solicitaram nova reunião com a direção do hospital, em última tentativa para evitar a paralisação da unidade em pleno estado de pandemia. Segundo informaram aos trabalhadores, não há na instituição nenhum representante da diretoria.
Na semana passada, o Sateal esteve em audiência com representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para comunicar o problema, a paralisação e solicitar intermediação com a direção do hospital, que é filantrópico e tem à frente da área administrativa o ex-secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, Júlio Bandeira. A reunião não produziu efeito até o momento. Em 2019, vivenciando o mesmo problema, os profissionais pararam as atividades e a Justiça considerou o movimento ilegal. A reportagem do EXTRA mantém espaço aberto para ouvir os representantes do Hospital Sanatório sobre o assunto.