MACEIÓ

Profissionais do Hospital Sanatório param atividades por falta de salários

Por Tamara Albuquerque 04/02/2022 - 09:34
Atualização: 04/02/2022 - 10:59

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Sateal
Prossionais do Hospital Sanatório mobilizados nesta manhã, antes da deflagração da greve
Prossionais do Hospital Sanatório mobilizados nesta manhã, antes da deflagração da greve

Profissionais do Hospital Geral Sanatório, em Maceió, iniciam nesta manhã uma paralisação por tempo indeterminado em protesto contra a falta de pagamento salarial e benefícios. Desde o ano passado, sindicatos que representam os técnicos de enfermagem, radiologistas, nutricionistas, serviços-gerais e administrativos, entre outras categorias, tentam solucionar com a direção do hospital o problema que tem imposto grandes sacrifícios aos trabalhadores e suas famílias. Não há avanço nas negociações nem aceno com medidas para solucionar a crise.

A direção do hospital, segundo o presidente do Sateal, Mário Jorge, alega que a falta de pagamento dos salários é reflexo da falta de repasse de recursos pelos gestores da saúde no estado e município. O hospital Sanatório deve aos profissionais três folhas salariais (desde novembro), além de férias referentes aos últimos dois anos e benefícios. A folha salarial é de cerca de R$ 800 mil e. Os trabalhadores estão mobilizados em frente à unidade de saúde e vão realizar um ato público interditando a rua. Em seguida, segundo Mário Jorge, a greve estará deflagrada, preservando o percentual de 30% de profissionais em atividade, como determina a legislação.

Agora pela manhã, a categoria e o Sateal solicitaram nova reunião com a direção do hospital, em última tentativa para evitar a paralisação da unidade em pleno estado de pandemia. Segundo informaram aos trabalhadores, não há na instituição nenhum representante da diretoria.

Na semana passada, o Sateal esteve em audiência com representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para comunicar o problema, a paralisação e solicitar intermediação com a direção do hospital, que é filantrópico e tem à frente da área administrativa o ex-secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, Júlio Bandeira. A reunião não produziu efeito até o momento. Em 2019, vivenciando o mesmo problema, os profissionais pararam as atividades e a Justiça considerou o movimento ilegal. A reportagem do EXTRA mantém espaço aberto para ouvir os representantes do Hospital Sanatório sobre o assunto.


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