RETORNO É IMPROVÁVEL
Anac suspende registros de aviões da Itapemirim com rotas para Alagoas
Agência também suspendeu o Certificado de Operador Aéreo (COA) da empresa
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebeu nesta quinta-feira, 17, o pedido de baixa no registro de três das aeronaves alugadas pela Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) que faziam parte da frota da empresa com rotas para o Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió.
De acordo com informações publicadas pelo portal Congresso em Foco, os veículos se encontram há pouco menos de um mês nos Estados Unidos, e retornaram ao controle de seus proprietários.relacionadas_esquerda
Os pedidos encaminhados à Anac são referentes às aeronaves PS-SPJ, PS-TCS e PS-MGF, do UMB Bank. Também já foram devolvidas aos Estados Unidos as aeronaves PS-ITA e PS-SFC.
Somente duas aeronaves permanecem no Brasil: a A319 PS-SIL, que se encontra passando por preparativos para ser devolvida ao proprietário em Malta, e a PS-AAF, que terá suas peças retiradas para manter outro avião em atividade.
Além de Maceió, a Itapemirim operava voos regulares em São Paulo-Guarulhos (SP), Brasília (DF), Belo Horizonte-Confins (MG), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Natal (RN), Rio de Janeiro-Galeão (RJ), Porto Alegre (RS), Porto Seguro (BA) e Recife (PE) e Salvador (BA).
Entenda o caso
A crise da companhia aérea Itapemirim (ITA) deixou mais de 45 mil passageiros sem viagem na última semana de 2021. Desse total, apenas 25 mil conseguiram realocação a voos de outras empresas ou foram reembolsados.
Em processo de recuperação judicial, com dívidas de R$ 253 milhões com credores e R$ 2,2 bilhões em dívidas tributárias, a Itapemirim suspendeu todos os voos sem aviso prévio. Notificada pelo Procon de São Paulo, a companhia pode ainda ser multada em R$ 11 milhões.
O CEO do Grupo Itapemirim, Sidnei Piva de Jesus, chegou a prometer o retorno do serviço ofertado em até dois meses depois de milhares de passageiros serem pegos de surpresa. O prazo, no entanto, se encerrou ontem.
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