SENADO

Vigilante alagoano é acusado de ameaçar senadores contrários à flexibilização de armas

Homem alegou estar arrependido e disse que irá se retratar nas redes sociais
Por Com Agência Senado 16/03/2022 - 21:26
Atualização: 16/03/2022 - 21:41
A- A+
Waldemir Barreto/Agência Senado
O senador Marcos do Val comunicou que a Polícia Legislativa do Senado encontrou os responsáveis pelas ameaças ao senador Eduardo Girão
O senador Marcos do Val comunicou que a Polícia Legislativa do Senado encontrou os responsáveis pelas ameaças ao senador Eduardo Girão

Um alagoano seria um dos responsáveis por ameaças a senadores contrários ao PL 3.723/2019, que regulamenta o porte de arma de fogo para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs). O projeto, de relatoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES), está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo o parlamentar, o alagoano pode perder o direito à posse e ao porte de armas.

Trata-se de um vigilante que  tem três armas de fogo registradas em seu nome. Ele teria enviado mensagens ofensivas pela rede social à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA). Outro acusado, de São Paulo, também foi identificado. "De forma bem objetiva, eles vão perder direito de posse, de porte ou de serem CACs. Nós precisamos, com essa construção que nós vamos fazer na segunda-feira em uma reunião no gabinete, achar uma solução para aumentar penalidade aos que são CACs ou têm porte e posse de armas cedidos pela Polícia Federal e que cometem ameaça, seja pessoalmente, seja em redes sociais", explicou Marcos do Val. 


O acusado paulista enviou mensagens com ameaças aos e-mails institucionais de Eliziane e dos senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Simone Tebet (MDB-MS). Aos policiais, ele disse ter iniciado um processo para a aquisição de uma arma de fogo. As ameaças ocorreram no dia 9 de março. Segundo o relatório da Polícia Legislativa, que foi às cidades dos autores, os dois informaram estar arrependidos e um deles informou a intenção de se retratar pelas redes sociais. 

Ainda assim, eles devem ser indiciados e uma comunicação será feita aos órgãos responsáveis para que eles percam o direito de ter armas de fogo. O relator, que havia retirado o projeto até que as investigações fossem concluídas, disse esperar que o projeto seja votado na próxima semana. Antes da fala de Marcos do Val, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, havia se manifestado sobre as ameaças sofridas pelo senadores e informado que as denúncias serão feitas ao Ministério Público (MP).

"Constrangimentos e intimidações a parlamentares merecem o mais absoluto repúdio. A Polícia Legislativa está apurando nos mínimos detalhes. Merece as punições devidas. Estou sendo comunicado de todo o trâmite e o MP cuidará de processar cada uma das pessoas que praticaram esses crimes", disse o presidente da Casa.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato