INVESTIGAÇÃO
Celular de mulher morta pelo marido em Tapera será periciado
Polícia Civil realizou busca no imóvel do casalA Polícia Civil realizou, nesta terça-feira, buscas na casa onde moravam Mônica Cavalcante, morta no último domingo, 18, em São José da Tapera, interior de Alagoas, e o marido dela, Leandro Pinheiro, suspeito do crime. A arma do crime não foi encontrada. O celular da vítima está sob custódia da Polícia Civil e será periciado.
O delegado Diego Nunes, do 38° Distrito Policial, informou que, apesar do histórico de violência por parte do marido, Mônica nunca denunciou Leandro.
"Nós apuramos que já havia um histórico de violência doméstica praticada pelo esposo da Mônica, sobretudo violência psicológica. Então, já havia um histórico de relacionamento conturbado, mas ela [Mônica] infelizmente não chegou a noticiar esse fato para as autoridades", disse o delegado.relacionadas_esquerda
Mônica Cavalcante foi vítima de disparos de arma de fogo no domingo, 18. De acordo com a polícia, o casal havia comparecido a uma festa de São João no sábado, 17, onde o desentendimento teria se iniciado. A discussão retornou quando os dois voltaram para casa. Leandro Pinheiro sacou uma arma e disparou no peito da vítima, que morreu ainda no local. O corpo de Mônica foi sepultado nesta segunda-feira, 19. Ela deixa dois filhos.
Ao sair da festa, Mônica gravou um vídeo destinado a ser divulgado caso algo lhe acontecesse. Nele, ela apontava Leandro como o autor do crime e expressava estar extremamente assustada. Ela relatou que o marido ficou furioso devido a um comentário feito pelo seu pai, o que teria motivado a discussão.
"Leandro me agrediu várias vezes psicologicamente e fisicamente. Eu fiz de tudo para a gente ser feliz, mas não deu. Era um relacionamento extremamente abusivo. Estou apenas tentando me esconder dele. A gente estava em uma festa e o meu pai fez uma brincadeira que, infelizmente, ele não gostou. Uma brincadeira boba, sabe? Mas, por conta do álcool, ele se alterou. Na verdade, ele já estava alterado. Então, quem achar esse celular, e eu estiver morta, foi Leandro Pinheiro Barros", disse chorando.
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