Indiciados por fraudes em concursos da PC, PM e Bombeiros estão se formando para as vagas, diz delegado

O deputado federal e delegado Fábio Costa, que denunciou na mídia a tentativa de fraude no concurso para delegado da Polícia Civil de Alagoas, voltou as redes sociais nesta segunda-feira, 17, com informações igualmente graves sobre os concursos anteriores promovidos pelo governo do estado.

relacionadas_esquerdaSegundo ele, apesar dos resultados das investigações pela Polícia Civil (PC), candidatos indiciados por fraudes nos certames para a Polícia Militar, Polícia Civil - escrivão e agente, e Bombeiro Militar estariam se formando nos cursos respectivos para ocupar as vagas ofertadas, tendo respaldo da Justiça que acatou ação judicial e do governo, que deveria ter suspendido os processos.

Fábio Costa afirma que vem recebendo mensagens de candidatos que não acreditam que a tentativa de fraude descoberta no concurso para delegado, realizado no dia 9 de julho, será devidamente apurada e que o governo vai  se esforçar para garantir a lisura do certame. A denúncia do deputado chegou à Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público do Estado (MPE) nesta segunda-feira.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a suposta fraude que teria acontecido durante o certame realizado no dia 9 de julho. O concurso atraiu mais de 15 mil pessoas. "Solicitamos que a apuração dos fatos ora narrados [suporta fraude] seja acompanhada pelo órgão de controle externo desta entidade", solicitou o deputado ao procurador Geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.

À banca responsável pelo certame, o Cebraspe, Fabio Costa está solicitando a lista dos candidatos inscritos. Ele ainda busca documentos oficiais sobre o que ocorreu no dia da prova que levou à descoberta da tentativa de fraude e como conseguiram chegar ao candidato acusado pelo uso de ponto eletrônico. O deputado também aguarda resposta do governo, através da Seplag, Secretaria de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio, sobre o adiamento das provas, que ele considera "injustificável".

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