POLÍCIA

Garotas de programa trans foragidas de Sergipe são presas em Alagoas

Mulheres trans extorquiram vítimas mediante violência em Aracaju
Por Com Agências 03/11/2023 - 19:18

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Divulgação
Viatura da Polícia Civil
Viatura da Polícia Civil

Duas mulheres trans, que são garotas de programa, foram presas nesta sexta-feira, 4, em uma casa de prostituição em Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas. Elas estavam foragidas por extorsão, roubo e associação criminosa, crimes praticados em Aracaju, Sergipe. Em outubro, outras três mulheres trans que faziam programas em Aracaju foram presas pelos mesmos crimes, durante a operação Themis. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal g1.

A Polícia Civil de Sergipe começou a investigar os casos em abril e identificou boletins de ocorrências em que vítimas relataram crimes de extorsão praticados por garotas de programas transexuais em Aracaju. Com o pretexto de fazerem programas sexuais, as mulheres extorquiam as vítimas mediante violência para obter vantagens financeiras.

Em alguns casos, após programas sexuais, as investigadas alegavam que precisavam de carona. “Nesse momento, geralmente era uma ou duas mulheres, e, posteriormente, chegavam mais três ou quatro mulheres trans. Elas constrangiam as vítimas e as ameaçavam, inclusive agindo com violência mediante uso de faca. Assim, conseguiam transferências PIX ou pagamentos em maquinetas”, revelou a delegada Luciana Pereira.

O modo de atuação das investigadas também envolvia a gravação em vídeo de programas. “Elas filmavam e as outras começavam a pegar cartões e contas, obrigando que a vítima digitasse a senha, fizesse transferências bancárias ou ainda passassem os cartões em maquinetas que elas tinham em mão”, acrescentou a delegada Giselle Martins, integrante da Delegacia de Turismo (Detur), unidade policial que investigou o caso.

A delegada Gissele Martins afirmou que as garotas de programa agiam em grupo, por isso foram autuados por associação criminosa. “Recebemos uma vítima narrando que, após o término de um programa, chegaram outras transexuais que começaram a extorqui-la. Eram quantias significativas que eram retiradas das contas das vítimas”, disse.

No decorrer da investigação, a ação criminosa das investigadas fez com que profissionais do sexo fizessem pedidos de ajuda à Polícia Civil. “No sentido de que esse tipo de crime, tanto assaltos, quanto extorsões, acabam afugentando e amedrontando clientes. Então a gente recebeu um grande apelo por parte de outros profissionais do sexo que pediam que a gente resolvesse a questão”, disse a delegada Luciana Pereira.

A Polícia Civil solicita que informações e denúncias sobre crimes e suspeitos de ações criminosas sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.

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