FAZENDA BREJO GRANDE

Justiça vai reintegrar Álvaro Vasconcelos em terras que não são dele

Família, que ocupa a área há mais de 40 anos, entrou com ação de usucapião
Por Maria Salésia 19/11/2023 - 18:39
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Divulgação
Fazenda Brejo Grande
Fazenda Brejo Grande

"A Justiça de Alagoas vai cometer um terrível engano que pode prejudicar muita gente inocente. Como o Álvaro vai ser reintegrado em terra que não comprou?". Com este desabafo, Lídia Araújo, viúva do agricultor Vitor Araújo, que ocupa parte das terras da Fazenda Brejo Grande pertencentes a Neyde Lins de Amorim, falecida em 1997, esclarece que a reintegração de posse que o empresário pleiteia já foi entregue em 2006 no final do contrato que ela tinha com Nelma, irmã de Neide. Prova disso é que o filho de Araújo entrou com ação de usucapião da área em que a família trabalha há mais de 40 anos.

Lídia Araújo teme ser despejada a qualquer momento das terras que a família dedicou a maior parte da vida para cultivar. Inclusive, relembra que seu marido "acabou o que tinha", até dinheiro emprestado pegou para investir na área e hoje se vê ameaçada de perder tudo para uma pessoa que não é dona. "Querem tirar a gente de lá de qualquer jeito. Não quero acreditar que a Justiça de Alagoas seja o que o Álvaro disse certa vez quando bateu no bolso da calça e perguntei se era pistola ou dinheiro e ele falou que era dinheiro, que a Justiça era seu dinheiro, seu poder. Só que você não tem o poder que meu Deus tem", disse dona Lídia.

A viúva de Vitor Araújo afirmou que, devido ao problema que enfrenta desde 2006, quando Álvaro Vasconcelos comprou os hectares das irmãs de Neyde, que já era falecida, e quer a todo custo tomar conta de toda a área, passou a ser uma pessoa deprimida. "Hoje tenho 78 anos e enfrentar um caso desse não é fácil. A gente cuida da terra há 44 anos e ser desmoralizado por uma pessoa que vai ficar rindo da situação nem sei o que dizer. Só decepção e sede de Justiça. Vivo na terra da Neyde que nunca vendeu a ninguém. Estamos há 17 anos nesta causa e depois de tudo, de ter investido dinheiro lá, ser jogada na rua não é justo", lamentou Lídia.

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