ELEIÇÕES 2024
Sem Bolsonaro e próximo a conservadores, JHC prepara saída do PL
Prefeito se apega a ‘poder’ das redes sociais e depende cada vez mais do lirismo
Cada vez mais distante do ex -presidente Jair Bolsonaro, mas sem esquecer o eleitor conservador, o prefeito JHC enfrenta dificuldades para consolidar o Partido Liberal em Alagoas e deve abandonar o navio em direção ao Progressistas, do presidente da Câmara, Arthur Lira, hoje seu aliado e dono de indicações em secretarias do município que, juntas, dominam mais de 60% do orçamento da capital, também confirmando a dependência de Jota com o lirismo.
Bolsonaro não dá sinais de que vai visitar Maceió, única capital do Nordeste a lhe dar mais votos que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial. No final de setembro esteve em Fortaleza, onde foi recebido por um rebanho de adoradores. Ainda era presidente quando esteve na capital alagoana pela última vez: 28 de junho de 2022. Por outro lado, o prefeito tem uma poderosa ferramenta ao alcance das mãos: as redes sociais.
Segundo a agência de marketing digital Ativaweb (dados de julho/2023), JHC é o terceiro prefeito no Nordeste com mais engajamento nas redes sociais. Em 1º está João Campos, do Recife, seguido de Bruno Reis, de Salvador. Ao mesmo tempo, o que está se construindo é um filme de roteiro manjado: o então prefeito Cícero Almeida, apesar de liderar o maior colégio eleitoral do Estado, tinha dificuldades de comandar um partido só dele. Resultado: ingressou no PP, de onde saiu seis meses depois após uma montanha de desentendimentos com o então presidente do partido, Benedito de Lira, pai de Arthur. Fatos que aconteceram há exatos 11 anos. Almeida migrou para o recém criado Partido Ecológico Nacional (PEN).
Seu objetivo – como o de JHC – era disputar o governo do Estado. Mas Biu de Lira, então senador, impôs o próprio nome. Perdeu. Almeida também perdeu o cavalo selado. E está fora do carreirismo político. Desde o ano passado, JHC manda no PL local. Decisão tomada às pressas: o PSB, do qual fazia parte, estava migrando para a família Dantas após decisão do comando nacional socialista. Em 7 de outubro de 2022, o prefeito anunciou, ao lado de Bolsonaro, seu ingresso no PL. E, a partir dali, Jota foi obrigado a escolher seu lado. O calheirismo já havia se associado a Lula.
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