R$ 56,8 MIL

Ex-presidente do Mandaver e atual diretoria brigam por prêmio da Globo

Instituto alega que houve sumiço de dinheiro; acusado nega
Por Redação 14/03/2024 - 09:10

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O ex-presidente do instituto, Carlos Jorge da Silva Santos
O ex-presidente do instituto, Carlos Jorge da Silva Santos

A disputa entre a diretoria do Instituto Mandaver e seu fundador e ex-presidente, Carlos Jorge da Silva Santos, persiste, com novos desdobramentos. No início do ano, Santos foi intimado pela 5ª Vara Cível da Capital a prestar contas de uma quantia de R$ 56,8 mil recebida como prêmio no Programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo, no quadro The Wall, dentro de um prazo de 15 dias.

O número do processo em questão é 0702700-34.2024.8.02.0001, na Justiça de Alagoas. A atual presidente da entidade é autora da ação. Em resposta à intimação judicial, a defesa de Carlos Jorge argumentou que ele comprovou sua participação no programa de TV e o recebimento do prêmio, anexando gravações e extratos bancários ao processo. 

Contudo, alegou que não há prova de que o contrato com a emissora obrigava o uso específico do valor do prêmio. Além disso, questionou a legitimidade de Lisania Pereira como autora da ação, destacando que ela é responsável pelas contas do Instituto na época da prestação requerida.

Durante sua participação na edição quadro The Wall, Carlos Jorge e seu amigo Thalisson, no entanto, falaram sobre o trabalho da ONG e confirmaram que o valor do prêmio seria utilizado em prol dos projetos.

A defesa também mencionou que Carlos Jorge é um homem honrado, que sacrificou seus próprios recursos pelo Instituto e deixou um saldo positivo em suas contas ao sair da presidência. Em réplica, os advogados da diretoria argumentaram que é dever do Conselho Fiscal solicitar a prestação de contas para garantir a transparência dos valores destinados ao Instituto Mandaver. 

Portanto, refutaram a alegação de Carlos Jorge de que não havia sido solicitada prestação de contas à época, destacando que essa atribuição é essencial para garantir a lisura das operações da instituição. A última movimentação registrada no processo data do dia 13 de março.

Prestação de contas

O advogado do Instituto Mandaver, Flávio Rebelo, esclareceu que o fato de recorrer à justiça com ação de prestação de contas foi estimulado pela Comissão Fiscal do instituto e não pela presidente. E que a motivação para isso é que Carlos Jorge passou a dizer que os recursos do programa [da Globo] haviam sido aplicados no instituto. Com a prestação de contas, o que a instituição deseja é esclarecer se efetivamente o dinheiro foi aplicado como o ex-presidente afirma.

O advogado explica também que não teve contato com nenhum acordo entre Carlos Jorge e a Globo sobre o destinatário dos R$ 56,8 mil e, se o dinheiro era do participante, no calor o José Carlos, ele poderia fazer o quisesse. Porém, como ele disse que os recursos iriam ser revertidos para projetos do instituto, ele só precisa mostrar se isso ocorreu. Dessa forma, fica esclarecido para todos os integrantes do Mandaver, que a atual gestão não recebeu e nem teve acesso a nenhum documento que comprovasse o recebimento ou gasto do dinheiro.


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