EM MACEIÓ

Cemitérios superlotados: famílias aguardam três dias para sepultar entes

Defensoria Pública reúne órgãos municipais e cobra ações imediatas para resolver problema
Por Tamara Albuquerque 14/03/2024 - 13:05

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Assessoria DPE
DPE cobrou solução eficaz do governo municipal para a superlotação dos cemitérios
DPE cobrou solução eficaz do governo municipal para a superlotação dos cemitérios

O quadro de superlotação dos cemitérios de Maceió é antigo e nenhuma solução até aqui adotada pelo poder público resolveu o problema de forma efetiva. O assunto voltou à tona nesta semana, em reunião promovida pela Defensoria Pública do Estado (DPE) com representantes de órgãos municipais. O defensor público Lucas Monteiro Valença, do Núcleo de Proteção Coletiva, tem recebido de famílias denuncias de que os corpos de parentes estão aguardando vagas para sepultamento nos cemitérios por até três dias, em função da superlotação.

O problema é denunciado, principalmente, por famílias carentes que relatam transtornos vivenciados com a situação e o alongamento do sofrimento por não ter como garantir sepultamento digno a seus entes falecidos. Entre as denúncias, familiares dizem que os corpos, em muitos casos, são enterrados em covas rasas e inadequadas, quando já não é possível aguardar uma vaga.

A reunião convocada pela Defensoria Pública  contou com a participação de funcionários da Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) e Vigilância Sanitária municipal. 

O defensor Lucas Valença cobrou a adoção de medidas imediatas para a abertura de novos jazigos. Além do requerimento para a criação de uma força tarefa, VAlença requereu que a Seminfra e a Alurb forneçam informações e prazos da obra de ampliação do Cemitério São Luiz, assim como da construção do novo cemitério municipal, que teve sua construção aprovada pela Câmara de Vereadores no fim do ano passado. 

Por fim, o defensor enfatizou a necessidade de, em caso de insuficiência das medidas requeridas, o município contratar, em caráter de urgência, jazigos em cemitérios particulares para realizar sepultamentos enquanto a escassez de vagas municipais persistir.

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