investigação

CPI da Braskem lança site para perguntas e relatos das vítimas de Maceió

Endereço eletrônico recolherá depoimentos, sugestões e críticas dos atingidos
Por Redação 26/03/2024 - 11:12

ACESSIBILIDADE

Roque de Sá/Agência Senado
Primeiro dia da CPI da Braskem contou com três depoimentos
Primeiro dia da CPI da Braskem contou com três depoimentos

A CPI instalada em dezembro de 2023, para investigar os danos ambientais da Braskem em Maceió, lançou nesta terça-feira, 26, um hotsite para receber perguntas e relatos das vítimas.

O hotsite criado pela CPI da Braskem visa fornecer um canal direto de comunicação para as vítimas afetadas pelos danos ambientais. Ao possibilitar que as pessoas enviem perguntas e relatos, a comissão busca amplificar suas vozes e garantir que suas preocupações e necessidades sejam ouvidas e consideradas durante o processo de investigação e reparação. Para acessar clique aqui.

O canal já está recebendo interações como:

— questionamentos sobre a situação dos moradores que ainda estão na região afetada, mas não na área de risco;

— se a empresa está efetivamente ajudando as vítimas;

— como as autoridades e a empresa lidam com as necessidades dos afetados;

— qual o valor a ser pago como indenização; e

— como tem sido feita a fiscalização por parte do governo, entre outros.

Um dos principais objetivos da CPI é assegurar a justa reparação aos afetados pelos danos ambientais iniciados em 2018 em Maceió, causados pela exploração do mineral sal-gema pela empresa petroquímica Braskem.

Atualmente o Ministério Público Federal em Alagoas atua em quatro processos judiciais relacionados ao caso e busca a responsabilização da empresa por diferentes tipos de danos, como ao meio ambiente, à urbanização, à economia. Alguns acordos foram assinados com a Braskem como resultados desses processos judiciais para que houvesse mais rapidez na reparação dos danos.

A extração do mineral acontece desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú, na capital alagoana. A partir de 2018, os bairros Pinheiro, Mutange e Bom Parto, entre outros que ficam próximos às operações, começaram a registrar danos estruturais em ruas e edifícios, com afundamento do solo e a formação de crateras. Mais de 14 mil imóveis foram afetados e condenados, e cerca de 60 mil pessoas foram prejudicadas, sendo que a maioria precisou deixar a região.


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