SAÚDE SEM PRIORIDADE
Defensoria denuncia municípios que não ofertam tratamento renal pelo SUS
Defensor concede prazo de 30 dias para que as irregularidades sejam sanadas ou questão vai à JustiçaA Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), por meio do Núcleo de Proteção Coletiva, constatou, na semana passada, a completa ausência de fluxo para atendimento e tratamento de pacientes renais em diversos municípios do interior do Estado.
Em reunião com gestores, o defensor Lucas Monteiro Valença foi informado que alguns municípios sequer oferecem consultas com nefrologistas por meio da rede pública ou credenciada. Em outros, o encaminhamento de pacientes para tratamento de doenças renais são geridos pelos prestadores de serviços, e não pelo município contratante, numa completa inversão da lógica do Sistema Único de Saúde (SUS).
O defensor comentou que o início rápido e eficaz do tratamento de nefrologia é vital para que se evite uma piora no quadro clínico do paciente. "A demora e a negativa em providenciar uma simples consulta e exames básicos pode redundar na necessidade de doação de um rim, ou tornar o paciente dependente de hemodiálise para o resto da vida. A situação constatada, portanto, é muito grave”, afirmou.
A Defensoria concedeu o prazo de 30 dias para que as irregularidades sejam sanadas nos municípios sem oferta de serviço ou atendimento. O defensor deixou claro que, caso não sejam solucionadas, a situação será levada à Justiça.
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