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Alagoas tem quatro pré-candidaturas de pessoas LGBT+ à eleição municipal

Das pré-candidaturas cadastradas até agora, o estado de São Paulo é o que tem o maior número
Por Redação com Agência Brasil 29/06/2024 - 08:13

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Assessoria
Progama Voto com Orgulho também lista candidatos aliados à causa
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Alagoas, até o momento, tem quatro pré-candidatos cadastrados como LGBTI+ para concorrer às eleições municipais de outubro deste ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 28, no terceiro boletim com dados parciais de pré-candidaturas, mapeados pelo Programa Voto Com Orgulho. São eles, até o momento: Christine Méro (PP) para vereadora em Maceió; Alisson Melo (PT) para vereador em Viçosa; Antides Bazilio (PT) para vereador em Palmeira dos Índios; e José da Silva (PT) para vereador em Piranhas.

Segundo este 3º boletim, há, em todo o Brasil, um total de 333 pré-candidaturas, das quais 299 afirmaram ser pessoas LGBTI+ e 34, pessoas aliadas à causa. No boletim anterior, foram apuradas 304 pré-candidaturas, das quais 273 pessoas LGBTI+ e 31 pessoas aliadas à causa.

Sergipe e Goiás registraram cinco candidaturas LGBTI+. Das pré-candidaturas cadastradas até agora, o estado de São Paulo é o que tem o maior número, 81, seguido pelo Rio de Janeiro, com 40; Rio Grande do Sul, com 29; Minas Gerais, com 25; e Paraná, com 24. O estado de Santa Catarina aparece com 17 e Pernambuco, com 16. Ceará e Bahia têm 11 pré-candidaturas cada um. Paraíba e Rio Grande do Norte têm dez pré-candidaturas cada.

Os estados de Mato Grosso e do Maranhão têm oito pré-candidatos, cada; Pará e Espírito Santo, sete, cada; Piauí aparece com quatro e Amazonas, com três. Mato Grosso do Sul e Rondônia têm, cada um, dois pré-candidatos. Os estados do Tocantins, Roraima e Amapá aparecem com uma pré-candidatura, cada um.

O diretor de Políticas Públicas da Aliança Nacional LGBTI+ e coordenador geral do Programa Voto Com Orgulho, Claudio Nascimento, destacou um fato histórico para as eleições de 2024, que é a liderança das pessoas negras (pretas e pardas) no ranking das pré-candidaturas, com 52,4% do total, somando 176 pré-candidaturas. As pré-candidaturas de pessoas brancas são 148; as de indígenas, duas; as de pessoas amarelas, seis; e de ciganas, uma.

Nascimento afirmou que a maioria de pré-candidatos negros é uma notícia acalentadora, “que anima os nossos corações ao ver maior presença de LGBTI+ da cor negra. Isso é algo importantíssimo, levando em consideração que, quando se vai discutir a questão da violência e da discriminação, são as pessoas negras LGBTI+ as mais aviltadas e discriminadas. Elas também estão se levantando para dizer que querem ser protagonistas, que querem participar dos espaços de poder e ajudar a decidir sobre os rumos do nosso país e de suas cidades. Isso é muito marcante para nós”. Como pessoa negra e nordestina, Claudio Nascimento disse estar muito orgulhoso de ver esse dado.

Quanto à orientação sexual dos pré-candidatos, foram identificados 147 gays, 41 bissexuais, 39 lésbicas, 19 pansexuais, três assexuais, além de 84 pessoas heterossexuais, sendo 41 mulheres trans, 29 pessoas cis aliadas, três homens trans e três pessoas não binárias.


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