POLÍCIA

Juíza decreta prisão preventiva da mãe de Laura, morta a golpes de faca

Vítima tinha 7 anos e foi assassinada dentro de casa, em Rio Largo, no sábado; mãe é única suspeita
Por Tamara Albuquerque 08/07/2024 - 16:00

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Divulgação
Laura Maria, de sete anos de idade, morreu ao dar entrada em hospital com ferimentos por golpes de faca
Laura Maria, de sete anos de idade, morreu ao dar entrada em hospital com ferimentos por golpes de faca

A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrane de Thamirirs de Oliveira Braga, mãe da menina Laura Maria Nascimento Braga, que foi assassinada a golpes de faca em Rio Largo no último sábado,6. A mulher, que presa momentos após o crime, é a única suspeita de ter agredido até a morte a criança de sete anos. As duas estavam sozinhas na casa em que moravam no município da região metropolitana de Maceió.

A audiência de custódia de Thamiris Braga foi realizada na manhã do domingo, 07, no Foro Plantonista da 1º Circunscrição. Na ocasião, o representante do Ministério Público Estadual defendeu a homologação da prisão em flagrante e sua conversão para preventiva. Já a defesa de Thamiris solicitava a liberdade provisória com cumprimento de medidas cautelares, incluindo monitoramento eletrônico.

A juíza plantonista seguiu a orientação do Ministério Público após avaliar o caso e as provas apresentadas. “Posto isso, com fulcro nos artigos 311, 312 e 313, todos do CPP, homologo a prisão em flagrante e converto a prisão em flagrante da acusada, devidamente qualificada, em prisão preventiva, mantendo a flagrada recolhida no local em que se encontra”, relata a magistrada.

O exame de necropsia confirmou que Laura Maria Nascimento Braga, de 7 anos, foi vítima de choque hemorrágico. Joelson Rodrigues, perito médico-legista responsável pelo exame cadavérico, explicou que durante a análise no corpo da criança foram constatadas lesões perfuro-cortantes nas regiões cervical, torácica e da cabeça. Também foram encontradas equimoses provocadas por lesões contusas na região da face, cabeça, pescoço e no flanco esquerdo do corpo da menina.

Investigações

A morte de Laura, de sete anos, chocou a população de Rio Largo. Ela foi sepultada no domingo em clima de comoção e a cerimônia atraiu moradores ao cemitérios. A menina foi espancada e seu corpo apresentava vários ferimentos compatíveis a golpes de faca. Os parentes da vítima foram ouvidos na manhã desta segunda-feira, 8, por equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob o comando da delegada Rosimeire Vieira.

Em entrevista a TV Pajuçara, a delegada informou que o crime consternou os vizinhos no local do crime. “Estivemos hoje pela manhã onde ela morava e os vizinhos estão consternados. Estão sem entender o que levou a mãe a agir desta maneira tendo em vista que era uma criança bem cuidada. Estivemos na casa e percebemos o quarto da menina arrumado com muito brinquedos. Ela tinha, sim, cuidado e era amada. Isto é o que percebemos ouvindo a família e os vizinhos”, disse.

“Que a autoria do crime partiu dela, isso não resta dúvida. Temos a informação de que a mãe teve um surto psicótico. Considerando a inquirição dos vizinhos, eles ouviram os gritos de socorro e ao chegar na casa, tiveram que arrombar a residência. Lá, só estavam as duas. Além disso, a menina se referia a mãe dando a entender que houve um atrito anterior. Para saber se foi surto, precisamos estabelecer se ela fazia uso de remédio controlado, se tinha histórico de insanidade mental, era usuária de drogas ou ingeriu alguma bebida alcoólica. Precisamos entender o que pode ter motivado o crime e todas as circunstâncias. Tudo será apurado e encaminhado à Justiça”, afirmou a delegada.

Esta semana, o pai de Laura Maria, vizinhos e outros parentes passarão por depoimentos com o intuito de acrescentar novos elementos que expliquem a motivação da morte da criança.


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