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Intervenções de Lula geram conflitos no PT em disputas municipais
Em Alagoas, o PT local resiste a retirar seu candidato à Prefeitura de MaceióA crescente intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na escolha de candidatos e alianças para prefeituras municipais tem gerado atritos dentro do PT e do Psol. Lula, como de costume, seleciona pessoalmente os candidatos e define as alianças em cidades estratégicas para a próxima eleição presidencial. Este intervencionismo, que anteriormente era aceito, agora enfrenta resistência.
Em São Paulo, uma parte do PT está relutante em destinar recursos para a campanha de Guilherme Boulos, candidato do Psol, apesar de sua vice ser a ex-prefeita petista Marta Suplicy. Ambos foram escolhidos diretamente por Lula, desconsiderando a vontade do PT municipal.
Em Manaus, o Psol se opõe à candidatura de Marcelo Ramos, designado por Lula. Ramos, ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, já passou por diversos partidos antes de se filiar ao PT. O Psol do Amazonas decidiu lançar uma candidatura própria, a advogada e ativista Natalia Demes, resistindo à aliança com o PT imposta por Lula. A direção nacional do Psol, liderada por Boulos, ameaça intervir no Amazonas.
Em Alagoas, o PT local resiste a retirar seu candidato à Prefeitura de Maceió, Ricardo Barbosa, para apoiar o MDB do senador Renan Calheiros, como determinado por Lula. Este impasse deve adiar a decisão sobre a aliança com o MDB ou a manutenção de uma candidatura própria até uma resolução em Brasília.
As convenções partidárias para definir os candidatos a vereador estão marcadas para o próximo sábado, mas a indefinição sobre as alianças municipais persiste. A disputa por candidaturas próprias e a formação de alianças para a eleição de vereadores é vista como crucial para a sobrevivência de partidos como o PT e o Psol, levando a uma crescente resistência às imposições de Lula, que visa fortalecer sua posição para a eleição presidencial de 2026.