POLÍTICA

Emendas Pix: Lira vai recorrer da decisão de Dino sobre uso dos recursos

Ministro determinou bloqueio dos repasses pelo governo até haver transparência sobre uso de recursos
Por Tamara Albuquerque 04/08/2024 - 08:29

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Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Arthur Lira avalia qual recurso será apresentado ao STF para anular decisão do ministro Dino
Arthur Lira avalia qual recurso será apresentado ao STF para anular decisão do ministro Dino

A Câmara dos Deputados vai recorrer da decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF) de exigir transparência no repasse das emendas Pix, como são popularmente chamadas. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e a consultoria jurídica da Casa analisam qual forma de recurso será apresentada, segundo informações do Correio Braziliense.

"A assessoria jurídica da Câmara dos Deputados está analisando tecnicamente a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino para recorrer ao pleno da Corte Suprema do país", informou oficialmente ao jornal a assessoria da Casa.

O ministro Flávio Dino decidiu que o governo federal só libere os recursos dessas emendas após cumpridas exigências como apresentação do plano de trabalho; o objeto a ser executado, se uma obra ou alguma reforma; a finalidade e o prazo de execução. O governo federal já suspendeu o pagamento de todas as emendas de comissão e dos restos das emendas de relator para cumprir decisão do ministro.

A "emenda Pix" é o tipo de verba distribuída diretamente por parlamentares às prefeituras e governos estaduais sem necessidade de prestação de contas, projetos, convênios e justificativa. E permite ao chefe do Executivo gastar essa verba de acordo com sua vontade.

Na decisão, o ministro determinou que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) fiscalizem as transferências das emendas Pix. O magistrado fixou um prazo de 90 dias para a CGU auditar os repasses em benefício de ONGs, feitos de 2020 a 2024, e para que as instituições e demais entidades do terceiro setor informem na internet os valores recebidos no mesmo período, bem como em que foram aplicados.

Segundo o ministro, os repasses devem seguir, essencialmente, o princípio da transparência e da rastreabilidade. Esse tipo de recurso só será liberado após os parlamentares inserirem na plataforma Transferegov.br informações que garantam transparência.

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