EPIDEMIA
Parecer técnico revela crescimento dos casos de meningite em Alagoas
Documento foi divulgado pelas Sociedades Alagoanas de Infectologia (SAI) e Pediatria (SAP)Um parecer técnico divulgado pelas Sociedades Alagoanas de Infectologia (SAI) e Pediatria (SAP) nesta sexta-feira, 30, revelou um aumento preocupante nos casos de meningite em Alagoas.
Segundo o documento, desde o primeiro semestre de 2023, a doença tem apresentado uma alta taxa de letalidade no estado, com picos que acentuam a gravidade da situação epidemiológica.
Dr. Marcos Gonçalves, presidente da Sociedade Alagoana de Pediatria, alertou que "Alagoas está registrando uma morte por meningite por mês".
O documento aborda ainda o cenário epidemiológico atual, os prognósticos futuros, os grupos de risco e destaca a necessidade de introduzir a vacina meningocócica B (4CMenB) no Sistema Único de Saúde (SUS) como uma medida essencial para controlar a endemia e proteger a saúde.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foram registrados 15 casos de doença meningocócica em Alagoas entre 1º de janeiro e 21 de agosto deste ano, sendo 12 destes casos em Maceió, com 8 óbitos.
Dos 15 casos registrados, 10 são do tipo B, três ainda não têm identificação sorológica definida e dois estão em análise para determinar a classificação do sorogrupo. Entre os óbitos, seis são do tipo B, um foi classificado por critérios clínicos e um está aguardando a análise do sorogrupo.
O Ministério Público Federal (MPF) se uniu a especialistas em saúde para investigar possíveis falhas na política de saúde pública, especialmente em Maceió, epicentro da endemia. O MPF deu um prazo de cinco dias, a partir da última quarta-feira, 28, para que o Estado e os municípios implementem ações contra a doença.