JUSTIÇA

Kleber Malaquias: delegado suspeito de forjar provas consegue habeas corpus

Daniel Mayer foi preso pela Polícia Federal por atrapalhar investigação sobre o assassinato
Por Redação 02/10/2024 - 17:59
Atualização: 02/10/2024 - 21:09
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Reprodução/PC
Delegado Daniel Mayer foi preso pela Polícia Federal
Delegado Daniel Mayer foi preso pela Polícia Federal

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas concedeu nesta quarta-feira, 2, habeas corpus ao delegado da Polícia Civil Daniel Mayer, acusado de forjar provas no inquérito que investiga a morte do ativista político Kleber Malaquias.

O delegado terá de cumprir medidas cautelares como proibição de contatos com outros envolvidos no assassinato de Malaquias e proibição de ocupar cargos de direção da Polícia Civil. Ele também não poderá participar de investigações.

O delegado foi preso pela Polícia Federal no dia 18 de setembro. A prisão foi mantida em audiência de custódia. O julgamento de três acusados no assassinato de Kleber Malaquias, que estava marcado para acontecer na semana passada, foi adiado para 17 de fevereiro de 2025.

Daniel Mayer, que é diretor de Polícia Judiciária da Região 1 (DPJ1), foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MP-AL) por fraude processual, revelação de sigilo funcional e abuso de autoridade.

Segundo o órgão ministerial, o delegado manipulou provas para direcionar a autoria do homicídio de Kleber Malaquias ao Policial Militar Alessandro Fábio da Silva, que foi morto a tiros pela companheira em 2022, e inocentar os verdadeiros culpados.

Para o MP-AL, o relatório da Polícia Federal que revelou troca de mensagens entre o delegado e um agente da Polícia Civil, preso no dia 2 de setembro por suspeita de envolvimento na morte de Kleber Malaquias, comprovam que o delegado forjou provas no inquérito em troca de favores.Ele foj preso nas investigações que apuram o assassinato do empresário Kleber Malaquias.


Errata: O texto foi atualizado

Diferentemente do que foi informado anteriormente, o habeas corpus foi concedido nesta quarta-feira, 2, e não no último dia 23. O erro foi corrigido

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