Alerta!
Férias de verão aumentam em 45% casos de afogamento infantil
Piscinas domésticas são as maiores vilãs, responsáveis por 55% dos casos em crianças de 1 a 9 anosO afogamento continua sendo uma das principais causas de morte entre crianças no Brasil. O país registra, em média, três mortes de crianças e adolescentes por afogamento todos os dias. A informação é da Sociedade Brasileira de Pediatria, que analisou os registros de óbitos entre 2021 e 2022: foram duas mil e quinhentas vítimas desse tipo de acidente no período. As férias de verão, período de maior interação com ambientes aquáticos, são responsáveis pelo aumento de 45% dos casos e afogamento desse público.
O número acende um sinal de alerta, uma vez que esse tipo de fatalidade é completamente evitável, mas continua a ocorrer de forma frequente. As crianças de um a quatro anos de idade foram as principais vítimas, com o registro de 943 mortes no período. Em seguida, estão 860 óbitos de adolescentes de 15 a 19 anos.
Piscinas domésticas são as maiores vilãs, responsáveis por 55% dos casos entre crianças de 1 a 9 anos. Para prevenir os afogamentos, especialistas dizem que é necessário proibir a livre entrada de crianças pequenas em cozinhas, banheiros e áreas de serviço, além de evitar deixar recipientes com água ao alcance dos pequenos.
Além disso, outra recomendação importante é evitar boias de braço, circulares ou brinquedos flutuantes, pois a única proteção reconhecida na prevenção dos afogamentos é o uso de colete salva-vidas, com certificado do Inmetro e reconhecimento pela Marinha Brasileira.
Dentro da água, a indicação é que crianças de 3 a 4 anos devem estar a uma distância de um braço do adulto cuidador; para crianças de dois anos ou menos, elas devem estar junto do adulto.
Adultos também precisam ser mais prudentes para evitar afogamentos. Na virada do ano, em Maceió, O Batalhão Bombeiro Militar de Salvamento Aquático (BBMSA) realizou quatro salvamentos no mar. As vítimas foram socorridas e liberadas no local. O BBMSA também contabilizou 20 crianças perdidas, a maioria na praia do Francês. Todas as crianças foram localizadas e entregues aos familiares ou responsáveis.
Além disso, o batalhão realizou mais de 5 mil ações preventivas, onde os guarda-vidas se deslocaram até os banhistas para passar orientações sobre locais seguros para o banho de mar, riscos de nadar após ingerir álcool e distribuíram fitas de identificação para crianças.