CRIME
PM acusado de matar mulher em hotel em Arapiraca é denunciado pelo MPAL
Solange da Silva, de 44 anos, foi morta com tiros na cabeça em novembro de 2024O Ministério Público de Alagoas (MPAL) ofereceu nesta quinta-feira, 16, denúncia contra o policial militar suspeito de matar a companheira dentro de um hotel em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas.
Solange da Silva, de 44 anos, foi morta com tiros na cabeça no dia 20 de novembro de 2024. Segundo o MPAL, inicialmente, o militar alegou que a morte de sua companheira teria sido um suicídio. O laudo pericial feito pela Polícia Científica, entretanto, descartou essa hipótese.
Com base nas evidências, o promotor de Justiça Márcio Dória fez o pedido pela prisão do PM, que foi acatado e o Poder Judiciário emitiu um mandado de prisão contra o militar.
O policial militar apresentou-se voluntariamente à Central de Flagrantes, em Maceió, onde foi detido em cumprimento ao mandado de prisão. Após os trâmites legais, ele foi encaminhado ao Presídio Militar.
“A denúncia menciona que o laudo do Instituto de Criminalística descartou a possibilidade de suicídio ou acidente, uma vez que não havia arma no local, e as características do disparo não condiziam com uma autolesão. O laudo também indicou a ausência de marcas de sangue típicas de suicídio, como as gotículas projetadas para trás (backspatter). O documento concluiu que a morte foi violenta, provocada por um disparo de arma de fogo”, informou o MP.
Ainda de acordo com o órgão, a acusação afirma que o sargento cometeu o feminicídio, previsto no Código Penal (art. 121-A, §1°, incisos I e II), em um contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.
O promotor Márcio Dória ressaltou que o laudo pericial confirmou que os disparos não foram feitos pela vítima, mas sim por um terceiro, o próprio suspeito. Ele também afirmou que o acusado deve ser submetido a julgamento para que a justiça seja feita.
“O Ministério Público busca a condenação do militar pelo feminicídio, com uma pena que pode alcançar até 40 anos de prisão, além de uma indenização mínima de 100 salários mínimos para a família da vítima. Ela e o suspeito mantinham um relacionamento amoroso, e a motivação do crime parece ter sido um ato de ciúmes. O sargento se entregou à Polícia na Central de Flagrantes, em Maceió, e está preso desde 25 de dezembro de 2024”, finaliza.