Albino Santos de Lima foi condenado a 37 anos, um mês e 15 dias de prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio, nesta sexta-feira, 11, em Maceió. Ele foi julgado pela morte do barbeiro Emerson Wagner e pela tentativa de matar R.V.S., amigo da vítima.

Durante a leitura da sentença, Albino permaneceu em silêncio. Não esboçou qualquer reação, não se moveu, não falou nem demonstrou emoção. Manteve-se imóvel, com o olhar fixo à frente, enquanto era lida a pena que deverá cumprir no sistema prisional.

Conhecido como "serial killer de Maceió", Albino é investigado por 18 homicídios entre 2019 e 2024. O julgamento no Fórum do Barro Duro atraiu dezenas de pessoas. O crime ocorreu em 21 de junho de 2024, quando o réu foi flagrado tentando invadir a casa da namorada de Emerson.

Após ser flagrado, Albino foi seguido por Emerson e por R.V.S. Ao notar que estava sendo perseguido, o réu sacou a arma e atirou contra os dois. Emerson, que estava de bicicleta, foi atingido e morreu no local. O amigo, em uma motocicleta, conseguiu fugir e não foi ferido.

Durante o julgamento, Albino alegou legítima defesa, acusou Emerson de envolvimento com o tráfico e afirmou ter problemas mentais. Ele também pediu desculpas à mãe da vítima. A tese de insanidade foi descartada por laudos médicos anteriores ao julgamento.

A promotoria arrolou três testemunhas. A primeira foi R.V.S., que confirmou que seguiu Albino com Emerson após suspeitarem da tentativa de invasão. As outras duas testemunhas foram a ex-esposa do réu e o genro dela, que relataram comportamentos agressivos de Albino.

A ex-mulher relatou que o réu não aceitava a separação. Ao ser interrogado, Albino confessou os crimes, mas reafirmou que atirou por se sentir ameaçado. Ele e a mãe da vítima frequentavam a mesma igreja. Após o julgamento, ele foi levado de volta ao sistema prisional.