CRISE NA CBF

Felipe Feijó assina manifesto que omite nome de Ednaldo Rodrigues

Federações articulam nova eleição na CBF sem apoio a ex-presidente
Por Redação 16/05/2025 - 15:44
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Divulgação
Federação Alagoana de Futebol
Federação Alagoana de Futebol

Felipe Feijó, presidente da Federação Alagoana de Futebol, está entre os 19 dirigentes estaduais que assinaram um manifesto pedindo renovação no futebol brasileiro. O documento foi divulgado após a destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF.

O manifesto defende uma nova condução na entidade, mas não menciona Ednaldo Rodrigues. A omissão do nome sinaliza o enfraquecimento do ex-presidente entre os dirigentes. A carta foi publicada poucas horas após a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Fernando Sarney, nomeado interventor judicial da CBF, pode convocar eleições para escolher um novo presidente. O movimento iniciado pelas federações é considerado um passo para a reformulação da gestão na entidade máxima do futebol nacional.

As federações de São Paulo, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Mato Grosso não assinaram o documento. Na segunda-feira, Ednaldo tentou reunir apoio, mas deixou o encontro sem nenhuma manifestação formal de respaldo.

Leia o manifesto abaixo:

"MANIFESTO PELA ESTABILIDADE, RENOVAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO. 15 DE MAIO DE 2025.

O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.

Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF. Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. É também momento de resgatar a autonomia interna da CBF, hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.

Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também precisa voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, com um ambiente saudável, inspirador e descentralizado, em que cada um possa contribuir ativamente para a melhoria do esporte que constitui verdadeiro patrimônio nacional.

Unidos com esse propósito, assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos. Queremos uma CBF forte, querida por dentro, admirada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país."

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