O senador Renan Calheiros publicou vídeo na segunda-feira, 21, dizendo: “Mais uma vez se fala na venda da Braskem. Esta possibilidade abre novas perspectivas, traz novas esperanças para que a empresa pague o Estado de Alagoas pelos prejuízos causados.”

Renan afirmou ainda: “O Estado é o maior credor da mineradora, também é preciso assegurar que esta venda garanta a justa e correta indemnização às vítimas da tragédia.” Ele defendeu também “a remoção definitiva da fábrica da península do Pontal da Barra.”

As negociações para que o empresário Nelson Tanure compre ações da Novonor na Braskem tiveram sinal verde do Cade na quarta-feira, 16. O negócio ainda depende de aval dos bancos credores, que mantêm ações da petroquímica como garantia de dívidas.

A Petrobras, sócia da Braskem, declarou interesse em ter mais poder na gestão sem retomar o controle da empresa. A estatal considera que manter o comando no país evitaria perdas de valor após negociações frustradas com grupos estrangeiros.

Tanure busca financiamento para refinanciar dívidas da Novonor, que tem 38,3% do capital da Braskem e controla 50,1% das ações com direito a voto. O empresário precisa alinhar interesses de bancos como Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES.

A Braskem enfrenta crise de ociosidade e passivo bilionário ligado ao desastre em Maceió. No início de julho, a Petrobras anunciou novos investimentos no setor, incluindo expansão de unidade da Braskem no Rio de Janeiro e produção de insumos no Complexo Boaventura.

Afundamento de bairros

A extração de sal-gema pela Braskem em Maceió causou o afundamento do solo em bairros da capital alagoana, obrigando mais de 55 mil pessoas a deixarem suas casas. A tragédia provocou destruição de imóveis, fechamento de vias e impactos sociais e econômicos na região afetada.