R$ 60 milhões
Suplente de Alcolumbre é alvo de operação sobre fraude em licitações
Empresário é investigado em suposto esquema de desvio de recursos públicos federais do DNIT/AP.jpg)
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta terça-feira, 22, a Operação Route 156, que apura fraudes em licitações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amapá. Um dos principais alvos é Breno Chaves Pinto, segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
A investigação apura o direcionamento de concorrências públicas e desvios de recursos em contratos para manutenção da BR-156, que somam R$ 60 milhões. Alcolumbre não é investigado e afirmou, por nota, que não possui qualquer relação com as empresas citadas ou com as atividades empresariais de seu suplente.
Na casa de Breno, que é CAC (caçador, atirador e colecionador), foram apreendidos pistolas, um fuzil e 250 munições. O registro pode ser cassado. A LB Construções, empreiteira da qual é proprietário, também é alvo da operação.
Outro investigado é Marcello Vieira Linhares, superintendente do Dnit no Amapá, que foi afastado do cargo por dez dias por ordem da Justiça Federal. Também foram alvos Luiz Otávio Fontes Junqueira, empresário de Minas Gerais, e a LCM Construção e Comércio, com contratos no governo federal.
A investigação teve início após denúncia de irregularidades em quatro licitações do Dnit em 2024. Levantamentos da CGU confirmaram suspeitas de fraudes ao caráter competitivo dos certames, além da existência de uma possível organização criminosa com participação de agentes públicos e privados.