O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o ex-presidente Jair Bolsonaro receba visitas de filhos, cunhadas, netas e netos em sua residência em Brasília. A decisão foi publicada nesta quarta-feira, 6, na Petição 14.129/DF.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde segunda-feira, 4, por descumprimento de medidas cautelares. Inicialmente, ele estava autorizado a receber apenas advogados. Moraes também determinou que ele continue proibido de usar redes sociais, direta ou indiretamente, e impôs o uso de tornozeleira eletrônica e toque de recolher.

A defesa de Bolsonaro anunciou que irá recorrer da decisão. Segundo Moraes, o ex-presidente teria “reiterado sua conduta delitiva” ao divulgar mensagens em apoio às sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, com a intenção de obstruir a Justiça.

A decisão de Moraes veio após a divulgação de um vídeo publicado por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em que o ex-presidente aparece falando remotamente durante manifestações de apoiadores. A publicação foi apagada em seguida.

Aliados pedem autorização para visitas

Até terça-feira, 5, ao menos sete aliados de Bolsonaro apresentaram pedidos formais para visitá-lo. Entre eles estão o senador Magno Malta (PL-ES), o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros parlamentares do PL.

Também solicitou visita o empresário Renato de Araújo Corrêa, ex-candidato à prefeitura de Angra dos Reis (RJ).

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que já visitou Bolsonaro, com autorização prévia do STF. “Encontrei esse grande brasileiro, homem de bem. Não vou dizer que não estava triste, mas é uma pessoa que ainda acredita muito no nosso País”, declarou em vídeo divulgado por sua assessoria.