PONTAL DA BARRA
Sindipetro não foi informado sobre fechamento de unidade da Braskem
Desativação teria sido decidida por núcleo da Novanor, a acionista controladora da companhia.jpeg)
O Sindipetro AL/SE informou, nesta quarta-feira, 7, que não recebeu comunicado oficial sobre o encerramento das atividades da Braskem no Pontal da Barra, em Maceió (Veja a nota na íntegra ao final do texto). A nota foi divulgada após reportagem da edição 1326 do EXTRA dizer que a empresa deve fechar a unidade.
Segundo a Braskem, a medida está relacionada à defasagem tecnológica, ao fim da vida útil de parte dos equipamentos e a condições de mercado que tornaram insustentável o custo da produção de soda cáustica na unidade localizada em Alagoas.
O sindicato afirmou acompanhar as ações da empresa e demonstrou preocupação com a segurança dos trabalhadores, a preservação dos empregos e o impacto sobre a comunidade. “Estamos acompanhando de perto toda movimentação da empresa”, disse a entidade.
O Sindipetro associa o atual cenário da Braskem aos danos causados pelo afundamento do solo em Maceió. A instabilidade geológica, segundo a entidade, foi causada pela extração de sal-gema que afetou cinco bairros da capital.
A unidade da Braskem no Pontal da Barra produz cloro e soda cáustica. As operações no local haviam sido paralisadas em maio de 2019 e foram retomadas apenas em fevereiro de 2021, com matéria-prima importada de jazidas do Chile.
De acordo com fontes internas do EXTRA, a decisão sobre o encerramento definitivo da planta teria partido do núcleo da Novonor, empresa controladora da Braskem, e estaria sendo tratada sob sigilo até o momento.
As 35 minas de sal-gema utilizadas pela Braskem em Maceió foram desativadas após a tragédia que impactou cerca de 150 mil pessoas. A empresa soma prejuízos superiores a R$ 19 bilhões e, segundo analistas, vale menos de R$ 8 bilhões em bolsa.
Nota do Sindipetro
Diante das informações veiculadas pela imprensa sobre o possível fechamento da unidade da Braskem localizada no bairro do Pontal, em Maceió, o Sindipetro AL/ SE (Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos de Alagoas e Sergipe) esclarece que não recebeu nenhuma comunicação oficial da empresa sobre o fim das atividades relativas a essa unidade.
Até o momento, o que se tem conhecimento é sobre a hibernação de determinados sistemas da planta industrial. Segundo a Braskem, essa decisão se deve à defasagem tecnológica dos processos utilizados, o fim de vida útil de alguns equipamentos e às condições consideradas insustentáveis do mercado, especialmente no que se refere ao custo de produção da soda cáustica.
O Sindipetro AL/SE ressalta sua preocupação com a preservação dos postos de trabalho, com a segurança dos trabalhadores(as) e da comunidade do entorno. Estamos acompanhando de perto toda movimentação da empresa. Entendemos que o atual cenário da Braskem é consequência direta do afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, provocado pela extração de sal-gema. Por isso, a entidade segue atenta às ações da empresa para que os trabalhadores(as) não venham a ser penalizados.