Água tratada

Maceió é a cidade brasileira com mais desperdício na rede de abastecimento

Levantamento mostra que entre as 100 maiores cidades, a capital alagoana perde 71,73% do produto
Por Tamara Albuquerque 18/08/2025 - 12:41
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Ascom BRK Ambiental
BRK Ambiental distribui água em 10 municípios da região metropolitana de Maceió
BRK Ambiental distribui água em 10 municípios da região metropolitana de Maceió

As perdas nas redes de abastecimento de água pioraram 10,39 pontos percentuais entre 2022 e 2023, nas 100 maiores cidades brasileiras, segundo o Ranking do Saneamento 2025. Maceió aparece no levantamento como a cidade que mais desperdiça água no país, levando em conta a Portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), que estabelece os níveis de perda em escala.

Os níveis de "excelentes" de perdas devem registrar, no máximo, 25% de desperdício na distribuição de água. A capital alagoana registra 71,73%. NO outro extremo aparece Suzano, em São Paulo, com apenas 0,88% de perdas.

O levantamento revela que o índice médio passou no período 2022/2023 de 35,04% para 45,43%. O número está acima da média nacional registrada no Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), que foi de 40,3%, em 2023.

As perdas representam o volume de água desperdiçado antes de chegar às torneiras, seja por vazamentos na rede, falhas de medição ou consumo irregular. O problema impacta o meio ambiente, eleva os custos de produção e reduz a receita das companhias de saneamento, onerando todo o sistema e prejudicando o consumidor final.

Em Maceió, a distribuição de água encanada é responsabilidade da BRK Ambiental, em parceria com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), além das empresas Sanama e Sanema, que atuam em diferentes etapas do processo. 

A BRK é responsável pela gestão dos serviços de distribuição de água tratada, coleta, afastamento, tratamento e disposição final do esgoto na região metropolitana de Maceió, onde a Casal é a produtora de água, e as outras duas empresas atuam em contratos preexistentes.

No ranking nacional, 32 cidades ficaram abaixo de 30%, enquanto 26 ultrapassaram 45%. Especialistas alertam que reduzir o desperdício é fundamental para ampliar o acesso à água sem pressionar ainda mais os mananciais. Em um contexto de mudanças climáticas e maior pressão sobre os recursos hídricos, a eficiência na gestão e o combate às perdas se tornam medidas estratégicas para assegurar a disponibilidade do recurso no futuro.


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