MORTES CAUSADAS

ABCF aponta possível ligação entre intoxicações de metanol e esquema do PCC

Associação aponta revenda de metanol do PCC a destilarias clandestinas
Por Redação 29/09/2025 - 14:59
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Divulgação
PCC em presídio
PCC em presídio

A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) afirmou neste domingo, 28, que os casos de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica adulterada podem ter relação com atividades da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações são do site FolhaPress.

Segundo a entidade, o metanol utilizado pelo grupo para adulterar combustível pode ter sido revendido a destilarias clandestinas após ações da operação Carbono Oculto, que investigou esquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.

Duas mortes por intoxicação por metanol foram confirmadas em São Paulo. Outros quatro casos foram registrados no estado desde junho, além de dez sob investigação na capital, de acordo com o Centro de Vigilância Sanitária (CVS).

Para a ABCF, o fechamento de distribuidoras e formuladoras de combustível ligadas ao crime organizado pode ter levado à revenda do metanol a quadrilhas de falsificação de bebidas alcoólicas. A associação afirmou que investigações do Gaeco e do Ministério Público de São Paulo já comprovaram importações fraudulentas da substância por empresas vinculadas ao PCC.

No fim de agosto, uma operação cumpriu mandados contra empresas do setor de combustíveis e do mercado financeiro usadas pela facção. A apuração identificou crimes de adulteração de combustíveis, fraude fiscal e lavagem de dinheiro, além do desvio de metanol, encontrado em concentrações de até 90% em alguns postos, quando o limite estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) é de 0,5%.

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