NEGOCIAÇÕES
Braskem avalia recuperação extrajudicial para renegociar dívida alta
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A Braskem vem estudando alternativas para renegociar sua dívida e reduzir a alavancagem financeira. Entre as possibilidades em análise está a recuperação extrajudicial, mecanismo que garante proteção contra execução de dívidas. Atualmente, a dívida da petroquímica soma US$ 8,5 bilhões, excluindo a operação da Idesa, no México. As informações são do site O Globo.
Para protocolar o pedido de recuperação extrajudicial, a companhia precisa do aval de pelo menos um terço dos credores e da aprovação de 50% mais um para homologação do plano. A decisão depende ainda da análise do conselho e da Petrobras, que detém 47% da Braskem. Na última semana, a empresa anunciou a contratação do Lazard, Cleary Gottlieb e E.Munhoz como assessores financeiros.
A empresa mantém posição de caixa de US$ 1,7 bilhão, além de uma linha de crédito rotativa de US$ 1 bilhão válida até dezembro de 2026. Apesar disso, a queda no ciclo da indústria petroquímica, somada ao serviço da dívida e à alavancagem de 10,21 vezes, pressiona os resultados financeiros.
Bondholders já iniciaram movimentações e consultam bancos para contratar assessoria própria. A Braskem tem compromisso de pagamento de US$ 34 milhões em 15 de outubro, referente a juros de bond com vencimento em 2034. O próximo desembolso de principal ocorre em janeiro de 2028, no valor de US$ 1,25 bilhão.