ECONOMIA
Em Alagoas, 10% mais ricos concentram quase metade da renda do estado
Metade da população ficou com apenas 17% da renda em 2024, aponta IBGE
Dados da PNAD Contínua 2024, divulgada pelo IBGE, mostram que os 10% mais ricos de Alagoas concentraram 43,3% de toda a renda gerada no estado, enquanto metade da população ficou com apenas 17,6%.
A distribuição da chamada massa de rendimento mensal, que soma todos os ganhos do estado, reforça o abismo entre as faixas de renda. O total em Alagoas foi de R$ 4,472 bilhões por mês, dos quais R$ 1,895 bilhão (42%) ficaram nas mãos dos 10% mais ricos. Sozinhos, os 1% mais ricos concentraram R$ 627 milhões, o equivalente a 14% de toda a renda estadual.
O índice de Gini, que mede a desigualdade e varia de 0 (igualdade total) a 1 (máxima desigualdade), foi de 0,518 em Alagoas, acima da média nacional (0,506) e entre os mais altos do Nordeste. O estado se aproxima de Pernambuco, que lidera a região em concentração de renda.
A renda média mensal domiciliar per capita dos alagoanos foi de R$ 1.317, valor 35% inferior à média brasileira (R$ 2.020), sendo que:
- Era preciso ter renda per capita de pelo menos R$ 1.144 para estar entre os 10% mais ricos da população
- Já entre os 10% mais pobres, o rendimento mensal não passava de R$ 168, ou seja, uma diferença de quase sete vezes entre os extremos



