Economia
Previdência de Maceió fez a 3ª maior aplicação de recursos no Banco Master
Volume corresponde a 10% do patrimônio do Iprev, que garante pagamento de aposentadorias e pensões
Institutos que pagam aposentadorias a servidores municipais e estaduais aplicaram R$ 1,8 bilhão em letras financeiras do Banco Master sem garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) entre outubro de 2023 e dezembro de 2024.
O valor fica em risco após a liquidação do banco, decretada na terça-feira, 18, pelo Banco Central, segundo informações da Folha de S.Paulo.
Dados do Ministério da Previdência Social, dos 18 institutos municipais e estaduais que investiram em letras do Master, destacam-se a Rioprevidência, do estado do Rio de Janeiro, com R$ 970 milhões investidos, a Amprev (estado do Amapá), com R$ 400 milhões, e o Iprev de Maceió, com R$ 97 milhões, sendo o 3ª maior volume de aplicação no banco, sem cobertura do FGC, entre os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) no país.
Os aportes de quase R$ 2 bilhões feitos pelas previdências dos estados e municípios serão contabilizados como dívida durante o processo de liquidação do banco, tornando a recuperação dos valores incerta.
O Iprev de Maceió afirmou que os investimentos representam menos de 10% do patrimônio total do Instituto, hoje em R$ 1,4 bilhão. A entidade também afirma que, à época das aplicações, o Master estava habilitado no Banco Central, e contava com grau de investimento atribuído por agência de classificação de risco.
Em nota, o Maceió Previdência afirmou que os pagamentos aos aposentados e pensionistas estão garantidos, inclusive com a liberação da folha de novembro para o dia 27, e os valores das folhas de dezembro e 13º salário serão creditados em 19 de dezembro.
A autarquia também informa que está em contato com os órgãos reguladores para acompanhar o processo de liquidação do banco e obter orientações sobre a devolução dos recursos.
Nesta terça-feira, o Banco Central decretou a liquidação do Banco Master e colocou o Master Múltiplo, instituição que integra o conglomerado, sob regime de administração especial temporária por até 120 dias.
O banqueiro Daniel Vorcaro, dono da instituição, foi preso pela Polícia Federal na segunda-feira, 17, em São Paulo, enquanto tentava embarcar para fora do país.



