POLÍCIA

'Matou um inocente', diz em depoimento irmão de médica que matou o ex

Defesa da médica sustenta que Nádia vivia sob ameaça e que buscou ajuda em várias ocasiões
Por Treicy Lima- Estagiária sob supervisão 21/11/2025 - 11:07
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Reprodução
Relacionamento entre médicos era marcado por conflitos, segundo depoimentos
Relacionamento entre médicos era marcado por conflitos, segundo depoimentos

O irmão da médica Nádia Tamyres Silva Lima, Emerson Lima Barros, afirmou em depoimento que ela “matou um inocente”. O relato integra conteúdo divulgado pela Polícia Civil de Alagoas divulgado nesta sexta-feira, 21, incluindo informações sobre conflitos entre Nádia e o ex-companheiro, observados por pessoas próximas.

Durante depoimento o irmão declarou que não tinha fundamento a versão apresentada pela médica e que a família se afastou após o que descreveu como mentiras. Alan Carlos foi atingido por cinco disparos após sair da UBS do Sítio Capim, na zona rural de Arapiraca.

"Não tinha fundamento [...] As provas mostravam que não tinha nenhum cabimento ele fazer isso e a gente foi se afastando dela por conta das mentiras", disse o irmão da médica, que completou: "Matou um inocente".

A médica foi presa após atirar contra o ex-marido em uma rua próxima à própria casa, em Arapiraca. A defesa afirma que ela agiu em legítima defesa em meio a conflitos sobre a guarda da filha e denúncias feitas contra o ex-marido por supostos abusos.

O depoimento da mãe da médica, Josefa Alves, apresentou versão distinta ao afirmar que Alan tentava visitar a filha quando foi atingido. O Ministério Público pediu prisão preventiva, enquanto a Justiça analisa solicitação de liberdade provisória apresentada pela defesa.

A mãede  Nádia Tamyres Silva Lima disse em depoimento que laudos médicos apontariam inexistência de abuso. “Existem laudos, não é um, dois, três… são vários, vários laudos mostrando a inocência de Alan Carlos!”, afirmou. Ela classifica o caso como “um conjunto de mentiras motivado por ambição”, mantendo a fala registrada no vídeo.

Os advogados sustentam que a médica buscou ajuda em várias ocasiões por temer riscos envolvendo a filha do casal. A defesa afirma que a médica relatava comportamentos considerados graves e que temia que a situação resultasse no desfecho registrado.


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