Judiciário
Justiça condena Hapvida por negar cirurgia a paciente com risco de morte
Paciente perdeu ovário e tuba uterina após plano recusar procedimento mesmo com hemorragia interna
A Justiça de Alagoas determinou nesta sexta-feira, 12, que o Hapvida pague R$ 25 mil em indenização por danos morais a uma paciente que teve cobertura cirúrgica recusada mesmo após diagnóstico de hemorragia interna causada por gravidez ectópica. A sentença é do juiz Gustavo Souza Lima, da 12ª Vara Cível da Capital.
O processo informou que a mulher procurou atendimento emergencial em 26 de agosto de 2023, relatando dores intensas no lado esquerdo do abdômen. Após demora na realização de exames e atendimento considerado inadequado, ela foi diagnosticada com rompimento da tuba uterina e sangramento interno.
Apesar do risco iminente de morte, o plano de saúde negou a cobertura da cirurgia, exigindo o pagamento de R$ 23 mil ou a transferência para um hospital da rede pública. Em estado grave, a paciente foi levada ao SUS, onde passou pelo procedimento.
Mesmo consciente durante a intervenção, ela perdeu definitivamente o ovário esquerdo e a tuba uterina, comprometendo sua capacidade reprodutiva.
Na decisão, o magistrado criticou a postura da operadora, afirmando que o Hapvida colocou interesses financeiros acima da saúde da usuária e a submeteu a tratamento desumano e degradante.



