encontradas em SP

Saiba o que são as fontes radioativas de Césio-137 que sumiram em MG

Material está sob análise da Comissão Nacional de Energia Nuclear
Por Redação 10/07/2023 - 20:50
Atualização: 10/07/2023 - 20:55
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Polícia Civil
Fontes radioativas de césio-137 furtadas de mineradora no interior de MG são encontradas
Fontes radioativas de césio-137 furtadas de mineradora no interior de MG são encontradas

As duas caixas contendo césio 137 (CS-137) furtadas em Nazareno (MG) foram encontradas em São Paulo (SP), segundo informou a Polícia Civil de Minas Gerais nesta segunda-feira, 10. O material está sob a análise da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). 

Segundo a CNEN, as caixas foram encontradas em uma empresa de sucatas na capital paulista, a 432 quilômetros do local de onde foram levadas. Funcionários dessa empresa notificaram o órgão, que na manhã desta segunda-feira, 10, encaminhou uma equipe de técnicos para o local.

A PC-MG informou que as investigações estão em andamento, de forma sigilosa, para a completa apuração do fato, sendo que a empresa AMG Brasil foi informada sobre a localização das caixas subtraídas. A polícia não informou ainda como as cápsulas foram parar no local.

Segundo a mineradora AMG, os equipamentos desapareceram no dia 29 de junho. Assim que perceberam, eles acionaram a polícia, fizeram o boletim de ocorrência e acionaram os órgãos de fiscalização.

As fontes furtadas são confeccionadas em material cerâmico. Elas são duplamente encapsuladas com aço inoxidável e blindadas externamente em aço inox, resistente ao impacto. Segundo a CNEN, com atividade individual de 5 mCi, elas compunham equipamentos medidores de densidade, sendo classificadas como de categoria 5, de baixo risco. Um milicurie (mCi) equivale a um milésimo de um Curie.

Conforme a agência, tais fontes, apesar de serem de Césio-137, têm atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela do acidente de Goiânia. Além disso, essas fontes são confeccionadas em material cerâmico, ou seja, mesmo que fossem violadas em seus invólucros duplos de aço inox não seriam espalháveis como foi a fonte do acidente de 1987.

Essas fontes são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Por isso, não são esperados efeitos severos à saúde pelo contato com as mesmas. No entanto, é importante continuar as buscas para recuperá-las de tal forma a prevenir exposições desnecessárias.

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