JUSTIÇA
Caso Marielle chega ao STF por suposto envolvimento de autoridade
Inquérito foi enviado pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de JustiçaNesta quarta-feira, 13, a investigação que apura os mandantes e responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes mortos a tiros há 6 anos, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O inquérito foi enviado pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após a descoberta do suposto envolvimento de uma autoridade com foro por prerrogativa de função no STF, as informações foram divulgadas pelo portal g1 nesta quinta-feira, 14
O termo "foro privilegiado" refere-se a certas autoridades serem julgadas diretamente pelo STF. Isso inclui o presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, membros dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores.
A apuração corre em sigilo e não há detalhes de quem seria a pessoa com foro citada nas investigações. O relator do caso no STF é o ministro Alexandre de Moraes. Ele foi sorteado entre os cinco ministros da 1ª Turma. Fontes da Polícia Federal afirmam que a investigação continua focada na identificação do mandante do assassinato.
COMO ANDAM AS INVESTIGAÇÕES
Seis anos após o crime, estão atualmente detidos: Ronie Lessa, Élcio de Queiroz, Maxwell Simões Corrêa e Edilson Barbosa dos Santos.
Ronie Lessa e Élcio são acusados de terem cometido o crime. De acordo com as investigações, Maxwell participou do planejamento do assassinato, monitorou a rotina da vereadora e auxiliou Ronie e Élcio no desmonte do veículo utilizado no crime, bem como na ocultação das cápsulas de munição.
Edilson é proprietário do ferro-velho onde o veículo utilizado no crime foi desmontado. Segundo os investigadores, Lessa teria negociado com a Polícia Federal uma possível delação premiada, podendo fornecer informações sobre quem teria sido o mandante do crime que resultou na morte de Marielle.
Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmaram de forma confidencial que a Corte Especial do tribunal chegou a debater, em uma sessão reservada no final do ano passado, qual seria a jurisdição para analisar uma possível delação premiada. Decidiram que o Ministério Público Federal teria competência para atuar nesse caso.
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