Sem consenso
Servidores do INSS rejeitam proposta do governo e decidem manter greve
Propostas não atendem a itens da pauta sobre reestruturação de carreira, diz FenaspsOs servidores do INSS, que decidiram manter a greve que já dura mais de 40 dias, acusam o governo federal de não levar em conta pontos de negociação apresentados pelos trabalhadores. A categoria demanda do governo federal uma proposta de reajuste salarial que aumente o vencimento básico da categoria, não apenas as gratificações. Além disso, os trabalhadores buscam negociar o cumprimento do acordo de greve de 2022, que envolvia os temas do reajuste salarial, das condições de trabalho e da valorização da carreira.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que representa a categoria, detalhou nesta quinta-feira (22) os motivos da decisão da categoria de seguir com a greve, tomada em assembleia na quarta-feira (21).
Em nota, a entidade afirma que, nesta quinta, protocolou um ofício ao secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação (SRT/MGI), José Lopez Feijó, com a resposta oficial sobre as propostas apresentadas pelo governo no dia 12 de agosto. No ofício, a federação solicita mais informações sobre a metodologia de formulação da proposta do MGI e seu impacto financeiro.
A entidade avalia que há propostas que podem ser melhoradas, e, por isso, solicitou do ministério o agendamento de uma nova reunião "o mais breve possível". "É imprescindível que o governo abra imediatamente o processo de negociação com a categoria, instalando a Mesa de Negociação da Greve. Os(as) servidores(as) estão dispostos a retornar ao trabalho, mas exigem a garantia de melhores condições de trabalho, o fortalecimento da carreira e o cumprimento do Acordo de Greve de 2022", diz a nota.