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Taxa de hospitalização por Covid-19 teve maior proporção no Nordeste
Desconfiança das informações recebidas sobre a vacina levou 57,6% da população a evitar o imunizanteA taxa de hospitalização entre pessoas que afirmaram ter sido infectadas pelo vírus que transmite a Covid-19 teve maior proporção no Nordeste brasileiro. Na região, a taxa foi de 7,6%. Na sequência está o Centro-Oeste, com 5,5%. Os dados constam na pesquisa "Epicovid 2.0, divulgada pelo Ministério da Saúde.
Em relação à vacinação, o estudo revela que há uma adesão de 90,2% dos entrevistados, que receberam pelo menos uma dose do imunizante. Outros 84,6% completaram o esquema vacinal com duas doses. A região Sudeste do país registrou a maior taxa de vacinação, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.
A pesquisa também revela que 57,6% da população confiam na vacina contra Covid-19. No entanto, a desconfiança das informações recebidas sobre o imunizante foi relatada por 27,3% dos entrevistados. Entre as pessoas que não tomaram a vacina, 32,4% afirmaram não acreditar no imunizante e 0,5% sequer acreditam na existência do vírus. Ao todo, no Brasil, foram aplicadas 522.640.691 doses.
Entre os motivos para não se vacinar, 32,4% das pessoas disseram não acreditar na vacina; 31% disseram achar que a vacina pode fazer mal; 0,5% disse não acreditar na existência do vírus e 2,5% disse qua já havia tido a doença. Apenas 1,7% das pessoas disseram ter algum tipo de doença que impediu a vacinação e 31,9% alegaram outros motivos.
Impactos da pandemia
Ainda de acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, o impacto da pandemia de Covid-19 foi de 14,7% em relação à morte de familiar pela doença. Em relação à perda de emprego, a taxa foi de 34,9%, enquanto à redução da renda familiar, de 48,6%.
Em relação a sintomas e condições pós-Covid, o estudo mostra que a taxa é de 18,9%, sendo mais frequentes em mulheres e indígenas. Entre essas consequências analisadas estão casos de perda de memória, dificuldade de concentração e ansiedade, por exemplo. Concluindo: oOs impactos da pandemia para a população brasileira são grandes e duradouros e a pandemia acirrou desigualdades em saúde históricas no Brasil.
Casos e óbitos
Até esta quinta-feira (19), o Brasil havia registrado mais de 39 milhões de casos da doença, com cerca de 714 mil mortes confirmadas e uma taxa de letalidade de 1,8%. Veja os números por região:
Centro-Oeste
Casos: 4.575.129
Mortes: 67.264
Sul
Casos: 8.287.042
Mortes: 113.373
Norte
Casos: 2.984.870
Mortes: 52.128
Nordeste
Casos: 7.585.515
Mortes: 137.003
Sudeste
Casos: 15.630.932
Mortes: 344.703