TRAGÉDIA

Polícia localiza partes do corpo de caseiro atacado por onça no Pantanal

Jorge Avalo tinha 60 anos e era caseiro de um rancho em Aquidauana (MS)
Por Redação 22/04/2025 - 15:50
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Reprodução/Facebook
Restos mortais estavam em uma área de mata a cerca de 280 metros do rancho onde ele trabalhava como caseiro
Restos mortais estavam em uma área de mata a cerca de 280 metros do rancho onde ele trabalhava como caseiro

A Polícia Militar Ambiental (PMA) encontrou, na manhã desta terça-feira, 22, partes do corpo de Jorge Avalo, de 60 anos, que havia sido atacado por uma onça-pintada às margens do rio Miranda, em Aquidauana (MS). Os restos mortais estavam em uma área de mata a cerca de 280 metros do rancho onde ele trabalhava como caseiro.

Jorge vivia em um rancho na região conhecida como “Touro Morto”, local de difícil acesso e a aproximadamente 150 km do município de Miranda. Seu desaparecimento foi comunicado na segunda-feira, 21, após um guia de pesca, que foi ao local comprar mel, estranhar sua ausência. O homem encontrou vestígios de sangue e pegadas de um grande felino nas proximidades, o que levou ao acionamento da PMA.

Equipes da PMA de Corumbá, Miranda e Aquidauana foram mobilizadas, com apoio do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (GPA) e da Polícia Civil, que levou o delegado e o perito criminal até o local por via aérea. As buscas começaram ainda na segunda, foram interrompidas à noite e retomadas ao amanhecer de terça-feira.

Os restos mortais de Jorge foram localizados por policiais, familiares e guias locais em um capão de mata próximo ao rancho. A perícia e uma funerária foram acionadas para os procedimentos legais.

Segundo a PMA, as evidências confirmam que Jorge foi vítima de ataque de uma onça-pintada. A investigação segue em andamento, e entre as hipóteses para o comportamento do animal estão a escassez de alimento, período reprodutivo — que torna os machos mais agressivos — ou algum movimento involuntário da vítima que possa ter provocado a reação do felino.

A Polícia Militar Ambiental lamentou a morte e prestou solidariedade à família. Jorge era descrito como uma figura conhecida e respeitada na região. “Podemos dizer que se tratava de um amigo próximo de todos nós, um verdadeiro membro da família da Polícia Militar Ambiental”, afirmou o coronel José Carlos Rodrigues, comandante do Policiamento Ambiental.

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