O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, foi oficialmente afastado do cargo nesta quinta-feira, 15, por decisão do desembargador Gabriel Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A medida ocorre em meio a suspeitas de fraude e irregularidades envolvendo sua reeleição.

De acordo com laudo pericial anexado ao processo, há indícios de falsificação da assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, em um documento fundamental para a validação do mandato de Ednaldo. 

O documento em questão havia sido homologado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um processo anterior. No entanto, a nova análise aponta inconsistência na assinatura, o que compromete a legalidade do acordo.

A situação se agravou após a revelação de que Coronel Nunes foi diagnosticado com uma doença neurológica que afeta sua capacidade cognitiva. Em 2023, um especialista atestou que Nunes sofria de ataxia e déficit cognitivo agravado — condição que o tornaria incapaz de tomar decisões administrativas complexas, como assinar acordos judiciais.

Na decisão, o desembargador determinou também o afastamento de toda a atual diretoria da CBF. Coube ao vice-presidente Fernando Sarney assumir interinamente a presidência da entidade, com a missão de organizar novas eleições em até 30 dias. Durante esse período, ele exercerá todas as funções administrativas previstas no estatuto da confederação. 

Até o momento, a CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre o afastamento de Ednaldo Rodrigues.