O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, se entregou à Polícia Civil do Rio de Janeiro no início da noite de terça-feira, 22. A decisão veio após a Justiça fluminense acatar o pedido de prisão temporária contra o artista, investigado por associação ao tráfico de drogas e outros crimes.

O pedido foi feito após uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), na noite de segunda-feira, 21, no entorno da casa de Oruam, no Joá, Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia Civil, agentes foram recebidos com xingamentos e pedras lançadas por Oruam e outros homens. Durante a ação, um adolescente foi apreendido e materiais foram confiscados.

O artista foi indiciado por desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano ao patrimônio público e associação para o tráfico. Outro homem, Pablo Ricardo da Silva de Morais, também foi preso em flagrante.

Mais cedo, Oruam anunciou nas redes sociais que se apresentaria às autoridades. "Vou me entregar, tropa. Não sou bandido, valeu?", disse ele em um vídeo.

A Polícia Civil afirma que essa é a segunda vez em menos de seis meses que encontra, na casa de Oruam, pessoas ligadas ao Comando Vermelho. A corporação também afirma que um dos homens chegou a citar ser filho de “Marcinho VP”, como forma de intimidação.

Após a fuga no momento da operação, o rapper ainda publicou vídeos desafiando os policiais e denunciando a abordagem. Em um deles, aparece jogando pedras contra os agentes, o que também foi registrado em boletim de ocorrência.

O inquérito segue em andamento na Vara do Plantão Judicial da Capital do Rio de Janeiro.

Uma publicação compartilhada por Jornal Extra Alagoas (@extraalagoas)