Milhares de pessoas ligadas a movimentos sociais e do campo ocuparam o calçadão do comércio, no centro de Maceió, na tarde desta terça-feira, 22. A mobilização, segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), faz parte da Semana Camponesa em Alagoas e tem como objetivo cobrar avanços concretos na Reforma Agrária.

A marcha seguiu até a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde parte dos manifestantes entrou no prédio e outro grupo permaneceu acampado do lado de fora.

A movimentação intensa surpreendeu quem circulava pelo centro da capital, provocando dificuldades de deslocamento na região.

De acordo com o MST, cerca de 2 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais estão acampados desde domingo, 20, e a expectativa é que o grupo permaneça no local durante toda a noite e madrugada. Uma assembleia marcada para a manhã de quarta-feira, 23, vai definir os próximos passos do movimento.

As organizações presentes também reivindicam melhorias nos assentamentos já existentes, além de soluções para famílias que ainda vivem em situação precária, sem terra ou estrutura adequada.

A ação é organizada por diversos movimentos: Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Via do Trabalho (MVT), Movimento Terra Livre e Comissão Pastoral da Terra (CPT).

“Essa não é a primeira vez que ocupamos o INCRA esse ano e se nossas demandas não forem resolvidas, não será a última”, afirmou Renildo Gomes, da direção nacional do MST.

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