MIDR
Projeto de Integração do Rio São Francisco teve investimento de R$ 2 bilhões, beneficiando 12 milhões de pessoas
arantir água, proteger regiões com cheias e planejar o futuro dos recursos hídricos do País foram alguns dos desafios enfrentados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) em 2025. Entre as entregas da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH), destaque para o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil.
“Os resultados de 2025 mostram o compromisso do Governo Federal com a segurança hídrica como política estruturante. Avançamos em obras históricas, ampliamos o acesso à água potável e fortalecemos a gestão dos recursos hídricos, sempre com o objetivo de garantir dignidade, desenvolvimento e resiliência para as populações mais vulneráveis do país”, afirmou o secretário da SNSH, Giuseppe Vieira.
• Clique para se inscrever no canal do EXTRA no WhatsApp ou Telegram
A transposição do São Francisco
O Projeto de Integração do Rio São Francisco teve investimento de R$ 2 bilhões, beneficiando 12 milhões de pessoas. A SNSH acompanhou e impulsionou, por meio da comitiva do Caminho das Águas, obras fundamentais, como o Ramal do Apodi, que este ano teve um investimento de R$ 270 milhões; o Cinturão das Águas do Ceará e ações de modernização de reservatórios estratégicos, além do lançamento do edital para ampliação da capacidade de bombeamento do Eixo Norte, que contou com investimento de R$ 95,8 milhões.
O ano foi marcado pela entrega de importantes empreendimentos, como a Barragem Panelas II, que atende 199 mil pessoas e cujo investimento total foi de R$ 114 milhões, sendo R$ 66 milhões oriundos do Novo PAC e o restante do antigo PAC 2. Adutoras em Pernambuco, Paraíba e Piauí também marcaram as entregas, além da conclusão de barragens estratégicas, como Oiticica, no Rio Grande do Norte, que atende 22 municípios e 294 mil pessoas, em um investimento de R$ 85,4 milhões.
Controle de cheias e armazenamento no Sul
No Sul do país, avançaram obras de controle de cheias e de armazenamento hídrico, como a Barragem do Arroio Taquarembó, em Dom Pedrito (RS), que integra um sistema de usos múltiplos voltado ao abastecimento da população, ao apoio à agricultura e à preservação dos ecossistemas. Também seguem em andamento a Barragem do Arroio Jaguari, em São Gabriel (RS), que deve beneficiar cerca de 240 mil habitantes da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria, e a Barragem de Arvorezinha, em Bagé (RS), com foco na segurança hídrica frente às estiagens e no fortalecimento do abastecimento urbano.
Revitalização de bacias e acesso à água potável
Por meio do Programa Nacional de Revitalização de Bacias Hidrográficas, a SNSH viabilizou, em 2025, a aprovação de 96 ações, que permitirão investimentos de recursos da desestatização da Eletrobras no montante de R$ 2,4 bilhões em bacias estratégicas, com destaque para o Rio São Francisco, o Rio Parnaíba e áreas de influência dos reservatórios de Furnas.
Outro destaque foi a ampliação do Programa Água Doce, que levou sistemas de dessalinização a comunidades rurais do Semiárido. Esse ano, foram 140 sistemas entregues, totalizando 43,4 milhões investidos. Atualmente, 1.211 sistemas estão em operação, garantindo água potável para cerca de 307 mil pessoas, com produção diária de quase 5 milhões de litros de água, além da capacitação de milhares de operadores locais.
Planejamento, governança e fortalecimento institucional
Em 2025, a pasta também avançou no planejamento de longo prazo com a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH 2022–2040). Foram desenvolvidos indicadores de monitoramento, criado o painel SIGA-PNRH e elaborado o diagnóstico da situação dos planos estaduais de recursos hídricos em praticamente todo o país.
No campo institucional, houve a reestruturação e retomada das atividades do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), com ampliação da participação da sociedade civil, recriação de câmaras técnicas e realização de reuniões ordinárias e extraordinárias que reforçam a governança participativa das águas no Brasil.
Irrigação e produção sustentável
A agenda da segurança hídrica também avançou no apoio à agricultura irrigada, com a regulamentação da Política Nacional de Irrigação, reconhecimento de novos polos de irrigação, implementação de sistemas de reuso de água e fortalecimento da agricultura familiar irrigada. As ações contribuem diretamente para a produção de alimentos, geração de renda e uso eficiente da água.
Caminho das Águas
Em 2025, a agenda da Segurança Hídrica também incluiu o Projeto Caminho das Águas, uma iniciativa estratégica do Governo Federal para ampliar e dar visibilidade às ações de infraestrutura hídrica no Nordeste brasileiro, com foco especial no Semiárido. Foram várias visitas e vistorias técnicas, bem como entregas de obras nos principais trechos do PISF, além de obras complementares, como barragens, adutoras, sistemas de dessalinização e perfuração de poços.
A caravana do Caminho das Águas passou por estados como Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, sendo conduzida com o propósito de reforçar a segurança hídrica de milhões de pessoas, integrando mais de 70 ações estruturantes inscritas no Novo PAC e beneficiando diretamente milhares de famílias rurais e urbanas da região semiárida.
Utilizamos cookies para coletar dados e melhorar sua experiência, personalizando conteúdos e customizando a publicidade de nossos serviços confira nossa política de privacidade.